
Um grupo de coordenadores dos departamentos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) conheceu em detalhes, na quinta-feira, 16 de janeiro, a experiência do Programa Lixo Zero implantada no hospital São Julião, localizado a 15km do centro de Campo Grande (MS).
A apresentação da experiência foi feita pelo gestor ambiental do hospital, Bruno Maddalena. A iniciativa está alinhada com a Campanha da Fraternidade 2025, cujo tema é “Fraternidade e Ecologia Integral” e o lema: “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31).
1º hospital Lixo Zero da América Latina
O hospital, vinculado à Associação de Auxílio e Recuperação (AARH) dos Hansenianos São Julião, é referência nacional não apenas por sua assistência médica, mas por ter se tornado o primeiro hospital Lixo Zero da América Latina.
O Programa Lixo Zero articula um conjunto de iniciativas que promovem práticas sustentáveis, como a coleta seletiva, a compostagem de resíduos orgânicos e o reaproveitamento de materiais, incluindo embalagens de marmitex de alumínio. Graças a essas ações, o hospital conquistou o selo “Rumo ao Lixo Zero”, alcançando uma redução impressionante de 82% no desvio de resíduos sólidos, muito acima da média nacional de reciclagem, que varia entre 3% e 4%.
Lixo Zero na CNBB
O convite para a partilha da experiência foi feito pelo coordenador de Campanhas da CNBB, padre Jean Poul ao Bruno Maddalena (na foto ao lado), que participou, em setembro do ano passado, do seminário Nacional de Campanhas da CNBB.
De acordo com Michele Pacheco, do setor de Gente e Gestão da CNBB, a Conferência tem o desejo de aplicar o Programa Lixo Zero em sua sede em Brasília, seus 19 regionais e em seus órgãos vinculados como as Edições CNBB, Centro Cultural Missionário e Casa dom Luciano.
Saiba mais
A AARH foi fundada em 1970 por irmã Silvia Vecellio e o grupo de voluntários que a acompanhou na reconstrução da antiga colônia que confinava pacientes hansenianos. Hoje, 54 anos depois, o São Julião é um hospital aberto, que oferece tratamento em diversas especialidades por meio do SUS e referência em Oftalmologia.
Por Willian Bonfim