Missas na 56ª AG refletiram momentos de comunhão eclesial do Episcopado Brasileiro

A 56ª Assembleia Geral dos Bispos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) terminou no último dia 20. Foram dez dias de muito trabalho como pronunciamentos, declarações, notas, mensagens ou documentos que foram elaborados e aprovados pelo episcopado brasileiro. Além do debate sobre o tema central: “Diretrizes para a Formação de Presbíteros”.

Reprodução: TV Aparecida

Antes de começar os trabalhos, os bispos se reuniam no Altar Central da Brasília do Santuário Nacional de Aparecida (SP) para celebrar a Santa Missa. Cada dia, a celebração tinha uma temática.

A primeira, foi celebrada pelo arcebispo de Brasília (DF) e presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha, que deu o ponta pé inicial nos trabalhos da 56ª AG. Na homilia, o cardeal destacou os inúmeros desafios para a missão da Igreja no mundo de hoje e na realidade brasileira. “Para enfrentar desafios, nós necessitamos caminhar unidos. No mundo marcado por tantas divisões de conflitos, o testemunho de comunhão se torna ainda mais necessário”, disse.

No dia seguinte, foi a vez o Núncio Apostólico no Brasil, dom Giovanni D´Aniello, presidir a Santa Missa e acolher os novos bispos nomeados no período de maio de 2017 a abril de 2018. Dom Giovanni falou que os bispos se coloquem à serviço da Igreja como o Bom Pastor.

“Ser alguém que saiba elevar-se a altura do olhar Deus sobre nós para nos guiar para Ele. Esse é o nosso irrenunciável testemunho prestado na obediência e selado no Espírito Santo e o mesmo espírito que doa fé é um dom da fé e é dado a quem obedece”, ressaltou.

Na celebração eucarística dedicada aos bispos eméritos, que abriu as atividades do terceiro dia de assembleia, o arcebispo emérito de Manaus (AM), dom Luiz Soares Vieira, fez uma reflexão em relação à vida dos bispos como pastores do povo de Deus.

“Nós bispos eméritos chegamos a idade da sabedoria que não é desencanto com a vida, mas sim ver claramente o que é de Deus. O entardecer da existência nos faz ver que Deus só Ele é a ração do ser cristão e do agir episcopal”, disse.

Os leigos e leigas também foram lembrados na missa presidida pelo bispo de Caçador (SC) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato, dom Severino Clasen que começou a homilia recordando que o Ano Nacional do Laicato celebra a presença e organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil aprofundando sua identidade, vocação, espiritualidade e missão, testemunhando Jesus Cristo e seu reino na sociedade.

“A espiritualidade Cristã sempre terá por fundamentos os mistérios da encarnação e da redenção de Jesus Cristo. Este enfoque deve permear a formação laical desde o processo da iniciação a vida cristã” e continuou, “Não existe fé cristã sem comunidade eclesial” salientou.

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O Arcebispo de Maceió (AL), dom Antônio Muniz Fernandes presidiu a celebração que fez memória aos 15 bispos falecidos desde a última assembleia em 2017.

“A vida desses nossos irmãos que aqui perfila-se diante de nós, em nossos corações e nosso olhar, foi marcada pela doação do bispo a sua Igreja e ao seu povo e de modo especial, samaritana, sarando tantas e tantas feridas”.

A missa do oitavo dia foi presidida pelo arcebispo de Olinda e Recife (PE) e presidente do Regional Nordeste 2, dom Antônio Fernando Saburido. O bispo refletiu que a celebração da Páscoa deve reafirmar o sentido da missão e ser fonte de vida para todos e vida em plenitude.

“Nós bispos precisamos ser testemunhas da ressurreição nos dias de hoje, dando a vida as pessoas de quem ela está sendo tirada. Povos indígenas, migrantes, moradores de rua, crianças e jovens vítimas do tráfico, famintos idosos e desempregados. Trata-se de nos colocarmos juntos com os pequeninos de Deus”, destacou.

A missa do penúltimo dia de assembleia, presidida pelo arcebispo de São Luís (MA) e presidente do Regional Nordeste 5 da CNBB, dom José Belisário da Silva, foi dedicada ao Diaconato Permanente.

“Os diáconos foram instituídos para servir a mesa. No entanto, se tornam grandes anunciadores do Evangelho. [Daí] a importância dos diáconos permanentes também na Igreja de hoje para o anúncio da Palavra”.

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Na celebração de encerramento da 56ª AG, que reuniu assessores e colaboradores da CNBB no Santuário Nacional em Aparecida (SP), o cardeal Sergio da Rocha rezou em agradecimento pela realização da assembleia, pela conferência episcopal, pela Igreja no Brasil, pela aprovação do documento sobre a formação dos presbíteros da Igreja no Brasil, pela convivência fraterna entre os bispos, por todos os estudos e pronunciamentos e ainda pelo Ano do Laicato.

“Agradecemos à Deus a tantos fieis leigos e leigas que se dedicam tanto e tão generosamente a ação pastoral e missionária em nossas comunidades, mas também em diversas ambientes da sociedade”.

O cardeal disse ainda que “O serviço aos pobres e fragilizados, o serviço da caridade, da justiça e da paz é uma exigência da fé que nós professamos e uma consequência do encontro com Cristo na Eucaristia. Jesus ressuscitado que ser encontrado por nós na Galileia”, afirmou o arcebispo de Brasília (DF) e presidente da CNBB.

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