Cerca de 50 lideranças missionárias participaram do evento
“Aqui encontramos representantes das dioceses que depois se tornam multiplicadores nas Igrejas locais. Além das formações específicas em Brasília, contamos com a assessoria das Pontifícias Obras Missionárias (POM) que marca presença nos regionais. É um trabalho muito bonito de sintonia, sobretudo com a primeira das cinco urgências na ação evangelizadora da Igreja no Brasil: Igreja em estado permanente de missão”, disse o bispo de Chapecó e referencial da dimensão missionária no regional Sul 4, dom Odelir José Magri, durante encontro promovido pelo Conselho Missionário do regional Sul 4 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
A formação reuniu, de 12 a 14 de fevereiro, no Centro de Formação Católico, em Lages (SC), cerca de 50 lideranças que trabalham na animação missionária, entre elas, coordenadores de Conselhos Missionários Diocesanos (Comidis), Infância e Adolescência Missionária (IAM), Juventude Missionária (JM), ministros da Palavra e da Eucaristia, religiosas, seminaristas e padres de nove dioceses de Santa Catarina. O evento contou com a assessoria do secretário nacional da Pontifícia União Missionária, padre Jaime Patias.
“A missão vem de Deus porque Deus é Amor que abraça toda a humanidade. Ele nos convoca a cooperar em sua missão em todo o mundo: na pastoral, na Nova Evangelização e na missão aos povos”, disse padre Jaime na ocasião.
“A missão é de Deus junto à qual nós somos convidados a colaborar. Assim nasce a cooperação missionária. Nesse sentido, não é a Igreja que tem uma missão, mas Deus que tem uma Igreja para chegar a todos os povos. Então nós não podemos ser simplesmente membros da Igreja, mas missão de Deus no mundo. Para que isso aconteça temos que sair de nós mesmo, da nossa casa, da comunidade e até do país. Nem todos podem sair, mas alguém deve partir e a comunidade precisa encontrar formas de se conectar também com a missão além-fronteiras”, acrescentou.
Espiritualidade Missionária
Padre Jaime apresentou, ainda, a diferença entre Espiritualidade e espiritualismo. “Espiritualidade é uma palavra ambígua, levando as pessoas a confundirem com espiritualismo. A espiritualidade é resultado de uma mística, uma experiência de apreensão do divino em nós e no mundo. É mais um sentir Deus do que pensar Nele. É uma experiência de comunhão profunda com o divino e com a obra da criação na qual tudo está interligado com todas as dimensões da nossa vida. Espiritualismo, por sua vez, é uma fuga do mundo, da matéria, dos desafios da vida”, explicou.
O coordenador do Comire Sul 4, padre Celso Carlos dos Santos, conduziu os trabalhos e avaliou a formação. “O encontro foi significativo, sobretudo porque estamos intensificando a articulação dos Comidis e Comipas. As reflexões contribuem para fortalecer este trabalho. O tema da espiritualidade missionária nos ajudou a compreender a caminhada que precisamos fazer para viver aquilo que a Igreja está pedindo e o papa Francisco insiste numa Igreja em saída em direção às periferias”. Ainda de acordo com o padre, outro ponto forte do encontro foi a presença significativa das dioceses do regional.
Este ano, o Comire pretende ainda organizar e fortalecer os Comidis até a Assembleia do regional, marcada para o mês de outubro. A programação prevê outros encontros e trabalhos nas dioceses.
Com informações e foto do Comire Sul 4
