Profissionais de comunicação discutiram, nesta sexta-feira, 23, em Seminário, formas de aprimorar e articular os meios impressos católicos, deixando-os mais interessantes e atrativos a seus leitores. A atividade fez parte da programação do 2° Encontro Nacional de Comunicação, que termina hoje, 24, em Aparecida (SP). O “Seminário de Impressos” reuniu cerca de 90 pessoas, entre jornalistas, websigners, diagramadores, publicitários, relações públicas e agentes da Pascom, na Casa de Hospedagem São Canísio, na cidade de Aparecida.
Os debates foram suscitados pela jornalista e mestranda de Comunicação Social, Ana Cristina Suzina; pela jornalista da arquidiocese de Belo Horizonte, Renata Limae; pelo redator do Jornal Mundo Jovem, Rui de Souza, e pelo jornalista e assessor de imprensa da CNBB, padre Geraldo Martins Dias. O debate foi mediado pelo assessor de comunicação da diocese de Santo Ângelo (RS), padre Edegar Soares de Matos e pelo doutorando de Comunicação e Educação pela PUC-RS, Adair Adams.
Renata Lima abriu o debate sobre o jornal impresso e a necessidade das publicações paroquiais ou diocesanas terem planejamento, estratégia de distribuição, conhecimento de público alvo e objetivos claros de atuação. Apresentou também dados que comprovam a relevância do jornal no cotidiano das pessoas, mesmo com a convergência das mídias. Com dados do Instituto Verificador de Circulação de jornais, Renata observou que em 2008 houve um aumento de 5% no número de leitores, em relação a 2007, e que a circulação média diária de jornais brasileiros chega a 8,5 milhões de exemplares.
Quanto ao conteúdo dos meios impressos, Rui de Souza reforçou a importância da qualidade dos conteúdos, que devem servir como informação e formação para os leitores. “Os meios impressos são como documentos, que registram a história da sociedade”, afirmou Souza. O Jornal Mundo Jovem tem uma tiragem de 100 mil exemplares.
A Comunicação popular também foi tema de debate durante o Seminário de impresso. A paranaense, Ana Cristina, falou sobre a produção de folders, cartazes e jornais murais, ressaltando o cuidado com a forma, linguagem dos meios, periodicidade e distribuição destes produtos.
Do popular ao institucional, padre Geraldo Martins, assessor de imprensa da CNBB, denifiu a assessoria de comunicação como a responsável pela aplicação da política de comunicação de uma instituição. Já a assessoria de imprensa, de acordo com o padre, é a ponte entre os meios de comunicação e a instituição assessorada.
Padre Geraldo apresentou os serviços oferecidos por uma assessoria de imprensa, como releases, mailling de jornalistas, clipping de notícias, arquivo de material jornalístico.
O amadorismo em alguns meios de comunicação católicos foi tema de debate levantado pelos presentes. Apontou-se falta de valorização dos profissionais católicos e a relação destes com a Pascom. O assessor da CNBB disse que os profissionais devem ser respeitados, conforme a lei trabalhista e os valores cristãos, que a Igreja prega.
Os profissionais elogiaram a abertura da CNBB ao participar do Seminário, apresentando suas estruturas de comunicação. Os comunicadores sugeriram a criação de um manual de redação e o aprofundamento da discussão em torno da valorização do profissional de comunicação.
Colaborou: Karla Maria