A diocese de Colatina realizou o 4º Manifesto Unidos pelo Rio Doce, no dia 10 de novembro. O ato teve como objetivo lembrar os três anos desde que uma barragem com rejeitos de minério se rompeu em Mariana (MG), lançando sobre o Rio Doce uma enxurrada de lama que devastou o meio ambiente e levou 19 pessoas à morte. A mobilização contou com o apoio e a participação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
O manifesto teve início com missa presidida pelo bispo diocesano, dom Joaquim Wladimir Lopes Dias, na Catedral de Colatina. O templo estava cheio e grande parte das pessoas vestia roupa preta em sinal de protesto e luto. Após a celebração, foi lido o texto oficial que elenca preocupações referentes à reparação dos inúmeros danos causados pela tragédia. O texto afirma que esses três anos após o rompimento “são marcados pela reprodução de injustiças”, destacando o desrespeito pelas pessoas atingidas diretamente.
“De um lado, temos os atingidos e as atingidas que não possuem acesso à informação adequada sobre seus direitos, nem assessoria técnica de sua confiança e imparcial. Do outro lado, temos as empresas que dominam os mecanismos negociais e afirmam a primazia dos interesses econômicos frente à garantia dos direitos humanos”, diz o manifesto.