A Igreja no Brasil se prepara para a 16ª Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, que será realizada em 2023, com o tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”. O Sínodo é um processo de dois anos, dividido em fases distintas, começando em outubro de 2021 e culminando a “fase da Igreja universal” na tradicional assembleia do Sínodo dos Bispos no Vaticano, em outubro de 2023.
Nos dias 9 e 10 de outubro, em Roma, o Papa Francisco abriu, a primeira fase do processo de escuta do povo de Deus nas dioceses do mundo inteiro. Em comunhão com toda a Igreja, as dioceses do Brasil iniciaram a fase local do Sínodo.
A primeira fase, a ser vivida nas Igrejas particulares, vai de outubro de 2021 a março de 2022. Após esta fase, as dioceses terão que enviar, até 25 de março de 2022, as contribuições das Igrejas locais à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), responsável por fazer a sistematização brasileira a ser enviada para etapa continental. A segunda fase – a Continental -, está prevista de setembro de 2022 a outubro de 2023, e a terceira, fase da Igreja Universal, em outubro de 2023.
Confira algumas das celebrações:
Diocese de Campo Limpo (SP)
No último domingo. 17 de outubro, ao canto de “Agora é tempo de ser igreja, caminhar juntos, participar” a diocese de Campo Limpo iniciou a missa que marcou a abertura da fase diocesana do Sínodo 2021-2023 convocado pelo Papa Francisco. A celebração aconteceu na Catedral Sagrada Família sob a presidência de dom Luiz Antônio Guedes, bispo diocesano.
A celebração contou com uma expressiva participação de fiéis das diversas paróquias e movimentos da diocese. Dom Luiz manifestou sua gratidão pela resposta à convocação que foi enviada às comunidades paroquiais. Antes do início da missa um primeiro vídeo explicativo sobre o Sínodo foi exibido na Catedral com o propósito de ser um primeiro contato dos fiéis com o sentido de sinodalidade proposta pelo Papa Francisco.
Durante a homilia, o bispo diocesano apresentou três pontos encontrados nas leituras proclamadas durante a missa e sua relação com o Sínodo: a Palavra de Deus, o Espírito Santo e a Igreja. “Menciono Jesus como o modelo para nós vivenciarmos aquilo que o Sínodo está nos propondo: escutar. E poderíamos completar o escutar com o enxergar, o contemplar”, estimulou o bispo, que também indicou que cada um deve amar profundamente a Igreja, sabendo valorizar os dons que cada membro possui: “nós somos muitos, não somos todos iguais, temos qualidades próprias recebidas pela graça de Deus. Devemos ter a oportunidade de colocá-las a serviço da comunidade. E devemos reconhecer que os demais também têm dons, qualidades que estão presentes em cada um para serem colocadas em comum para edificar a comunidade eclesial, a Igreja, que está presente, seja na nossa diocese, seja no mundo inteiro”.
Chamou a atenção, ao longo da missa, uma bela árvore portando em seus galhos lamparinas, estando em seu topo o livro da Sagrada Escritura. Como o processo sinodal pressupõe um caminho de comunhão e discernimento à luz do Espírito Santo, as 110 lamparinas foram levadas pelos delegados paroquiais às suas comunidades como um sinal de que a Igreja local está unida a toda a Igreja neste momento de escuta atenta, mas também de profunda comunhão. Durante a missa, antes da Liturgia da Palavra, alguns leigos e padres, acompanhados do bispo, puderam acender as lamparinas.
A chama das lamparinas recorda tanto o Espírito Santo, como a comunhão que deve pautar todo o caminho a ser percorrido. Cada comunidade paroquial deverá colocar a lamparina em um lugar de destaque, como sinal da sinodalidade que a Igreja está vivendo.
Arquidiocese de Brasília (DF)
“Comunhão, participação e missão.” Com esta temática, foi iniciada a Fase Arquidiocesana do Sínodo dos Bispos na arquidiocese de Brasília (DF), no dia 17 de ouutbro, com a Santa Missa presidida pelo arcebispo de Brasília, dom Paulo Cezar. A celebração contou com a presença do Cardeal João Braz de Aviz, prefeito para a Congregação dos Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica e arcebispo emérito de Brasília, dom Marcony Vinícius, bispo auxiliar de Brasília, vários padres, dentre eles o coordenador arquidiocesano de Pastoral, padre Agenor Vieira – responsável pela organização desta fase arquidiocesana – e por vários fiéis leigos e leigas que acorreram a Catedral Metropolitana de Brasília para participar deste momento importante para a Igreja.
Em sua homilia, dom Paulo refletiu sobre o Evangelho do dia, recordando que os cristãos não devem brigar por questões de ego, mas devem manter uma sadia “competição” para servir mais, amar mais, estar mais à disposição do irmão. Além disso, fez memória das palavras do Papa Francisco na Abertura do caminho sinodal em Roma, onde afirmou que este processo deve ser inspirado pelos verbos “encontrar”, “escutar” e “discernir”. A comunidade deve ser a casa do encontro, mas para isso, todos os cristãos precisam, primeiro, encontrar a Deus na oração e na adoração.
Sobre o retorno da frequência dos fiéis depois deste período de pandemia o Arcebispo confidenciou: “como alegrou o meu coração a Catedral cheia, na Festa de Nossa Senhora Aparecida, o povo sedento de Deus, sedento de estar na casa de Deus.”
Por ser casa do encontro, a comunidade também deve ser casa da comunhão e da escuta. O outro não deve ser rival, afirmou dom Paulo Cezar, mas deve ser um dom para a vida. A Igreja deve ser um ambiente de escuta e a Arquidiocese de Brasília já tem feito esse caminho com a escuta na Assembleia Arquidiocesana, com a Assembleia Eclesial da América Latina e , agora, um caminho de escuta para o Sínodo em 2023.
Por fim, dom Paulo relembrou que a Igreja não é uma democracia porque não são os homens que tem a decisão sobre ela, mas sim é a vontade do Senhor que deve reinar e prevalecer. “Que esse tempo possa ser muito rico para nossa Igreja, um tempo do Espírito.”, concluiu Dom Paulo Cezar.
Ao final da Santa Missa, foi apresentada a equipe que organizará a etapa arquidiocesana do processo sinodal, juntamente com o padre Agenor Vieira, coordenador arquidiocesano de pastoral que agradeceu a disponibilidade de todos e explicou como se dará este itinerário.
Diocese de Caxias do Sul (RS)
A diocese de Caxias do Sul deu início no domingo, 17 de outubro, à fase local do Sínodo dos Bispos 2021-2023, convocado pelo Papa Francisco. O ato aconteceu durante a missa das 15h, no Santuário Diocesano de Nossa Senhora de Caravaggio, em Farroupilha.
A celebração, em unidade com as dioceses do mundo todo, reuniu representantes das sete regiões de Pastoral da diocese de Caxias do Sul, em comunhão com o bispo diocesano, dom José Gislon. Ao final da missa, a equipe encarregada de trabalho e os padres coordenadores das regiões foram abençoados e receberam uma vela com a identidade visual do Sínodo e o material impresso, preparado pela Coordenação de Pastoral da Diocese.
Em sua homilia, dom José Gislon, falou sobre a importância deste que é o maior acontecimento da Igreja Católica no mundo todo, desde o Concílio Vaticano II. “Como Igreja comunidade de fé, que se coloca na escuta de Deus, e acolhe os sinais dos tempos com o sopro do Espírito Santo, iniciamos neste Mês Missionário um longo caminho de preparação para o Sínodo da Igreja. Será um tempo de escuta, reflexão, oração e comunhão, marcado pela esperança. Como nos recorda o Papa Francisco: ‘O caminho da sinodalidade é precisamente o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milênio.’ É um tempo da graça de Deus e do Espírito Santo”, pontuou.
Diocese de Santo André (SP)
A abertura solene da etapa diocesana do Sínodo dos Bispos na diocese de Santo André acontece nesta terça-feira, 19 de outubro, às 19h, com a celebração da Santa Missa, que será presidida por dom Pedro Carlos Cipollini, na Catedral Nossa Senhora do Carmo, em Santo André, com transmissão nacional pela TV Evangelizar e compartilhada nas mídias diocesanas.
Arquidiocese de São Paulo (SP)
Além da missa de abertura da fase arquidiocesana do caminho sinodal na Catedral da Sé, na manhã do domingo, 17, presidida pelo cardeal Scherer, arcebispo metropolitano, também aconteceram celebrações de abertura nas regiões episcopais na tarde do mesmo dia, à exceção da Lapa, onde a missa foi antecipada para o sábado, 16. Na Região Sé, a referida missa foi a já mencionada com o arcebispo.
Veja, no link, como ocorreram estas celebrações. Os conteúdos foram produzidos pelas equipes da Pastoral de Comunicação de cada região ou por pessoas por elas designadas.
Com informações e fotos das dioceses