Neste sábado (5), a arquidiocese Paraíba celebra com Missa Solene a festa da padroeira da cidade Nossa Senhora das Neves. Na ocasião, o Arcebispo Metropolitano, dom Manoel Delson Pedreira da Cruz vai usar pela primeira vez o Pálio Arquiepiscopal, que recebeu, no dia 29 de junho, das mãos do Papa Francisco, em Roma.
A imposição do símbolo litúrgico do arcebispado será feita pelo Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni d’Aniello, durante a Santa Missa na Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves, no Centro de João Pessoa, às 9h.
Para dom Delson receber o Pálio é um momento marcante na sua vida como bispo.
“Assumo a responsabilidade de pastorear o povo de Deus. Essa missão significa grande confiança do papa a minha pessoa que assume a arquidiocese”, destaca.
Outros cinco arcebispos metropolitanos brasileiros também receberam do papa o Pálio Arquiepiscopal, durante a missa da solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, na capela papal, na basílica Vaticana, no Vaticano (Itália). A insígnia foi entregue a todos os Arcebispos nomeados entre julho do ano passado até 14 de junho de 2017. Neste ano são 36 do mundo todo, destes 5 são brasileiros.
A imposição do Pálio a dom Orlando Brandes, nomeado arcebispo de Aparecida (SP), será feita no dia 1º de outubro, domingo, durante a missa das 8h, no Santuário Nacional. A imposição da insígnia a dom Júlio Akamine, nomeado arcebispo de Sorocaba (SP), foi feita dia 2 de julho e a de dom Geremias Steinmetz, nomeado recentemente arcebispo de Londrina (PR) ainda não foi marcada.
O que é o Pálio Arquiepiscopal e seu sentido
O Pálio, do latim “pallium”, manto, é uma espécie de colarinho de lã branca, com cerca de 5cm de largura e dois apêndices – um na frente e outro nas costas. Possui seis cruzes bordadas em lã preta – quatro no colarinho e uma em cada um dos apêndices. É confeccionado pelas monjas beneditinas do Mosteiro de Santa Cecília, em Roma, utilizando a lã de duas ovelhas que são oferecidas ao Papa no dia 21 de janeiro de cada ano na Solenidade de Santa Inês (Padroeira da Pureza).
O uso do Pálio, que nos primeiros séculos do Cristianismo era exclusivo dos Papas, passou a ser usado pelos Arcebispos Metropolitas a partir do século VI. Após a sua confecção, o Pálio é depositado junto ao túmulo de São Pedro até a Solenidade de São Pedro e Paulo, quando, então, é entregue pelo Papa aos Arcebispos.
Os pálios, insígnias litúrgicas de ‘honra e jurisdição’, são envergados pelos arcebispos metropolitas nas suas igrejas e nas da sua província eclesiástica. O arcebispo metropolita preside a uma província eclesiástica, constituída por diversas dioceses. O pálio é símbolo do serviço e da promoção da comunhão na própria Província Eclesiástica e na sua comunhão com a Sé Apostólica.
O significado da forma de entrega mudança é o de colocar em maior evidência a relação dos Arcebispos Metropolitas com a sua Igreja local e assim dar também a possibilidade a mais fieis de estarem presentes neste rito tão significativo para a Igreja. Outro ponto importante é propiciar a participação dos bispos da província eclesiástica.