O convidado especial do boletim “Igreja no Brasil”, veiculado semanalmente no Youtube da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), aos domingos, às 19h, foi o recém nomeado bispo auxiliar de Brasília (DF), dom Ricardo Hoepers. Ele também chegou recentemente na capital do país para assumir uma importante função: a de secretário-geral da Conferência.

Na entrevista, dom Ricardo salientou que o seu primeiro mês de trabalho na sede da CNBB, em Brasília, como secretário-geral foi intenso e de muito aprendizado.
Relatou o seu primeiro contato com os colaboradores e com a estrutura da sede. “Os colaboradores são fundamentais. É um robô que faz girar toda a máquina operacional e organizacional da CNBB”, disse.
No primeiro momento, ele contou que se impressionou com a organização da estrutura, que segundo ele, se fortalece e se aperfeiçoa ao longos dos anos. “Hoje posso dizer com toda clareza que a Conferência, na sua estrutura organizacional tem muita competência no que faz”, salientou.
“Estamos caminhando muito bem. Naturalmente ainda há muitos desafios, mas eu tive a oportunidade de participar de uma avaliação geral mensal com todos os coordenadores e percebi as metas, os interesses, a responsabilidade e o vínculo com a instituição”.
Dom Ricardo também recordou sua participação em seu primeiro Conselho Episcopal Pastoral, o Consep, nos dias 23 e 24 de maio, no qual fazem parte os quatro membros da presidência da entidade, os presidentes das 12 comissões episcopais, assessores e convidados dos organismos da Igreja no Brasil.
Para ele foi um momento de grande harmonia, onde pôde ter contato com as colaborações dos bispos e das Comissões Episcopais. “Estou bem emocionado de saber que há um grande time, um grupo muito preparado e disposto a dinamizar a nossa pastoral em nível nacional”.
Transparência, lealdade e fidelidade
Em sua primeira apresentação junto aos colaboradores da CNBB, dom Ricardo destacou três palavras importantes para o quadriênio (2023-2027): transparência, lealdade e fidelidade.
Na entrevista, ele comentou que o tripé é inspirado no próprio Evangelho, onde Jesus diz que Ele e o Pai são um. Dom Ricardo explicou que a transparência deve ser vivida em todas as estruturas, comunidades, regionais e na própria sede da CNBB.
Já a fidelidade e a lealdade são consequências, segundo ele, pois à medida em que se pratica a transparência, é possível ser fiel à Igreja, ao Papa e às propostas das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizora da Igreja no Brasil.
“A CNBB é o espaço onde a vida de fé, a vida cristã se transparece em todas as suas estruturas, em todos os seus setores, então transparência é fundamental nos dias de hoje”
O que se esperar dos próximos quatro anos?
Para dom Ricardo, o Consep e o Conselho Permanente são primordiais para a organização das temáticas que merecem atenção para o próximo quadriênio. Ele explica que o grupo redimensiona o que é prioridade, traz à tona temas sociais sejam eles do ponto de vista da fé, da doutrina.
“A CNBB sempre vai ser aquela que vai estar protagonizando a importância dos temas; e quando traz algum que precisa ser conhecido e sensibilizado para todos é porque de fato ali há todo um consenso, um aprofundamento, um conhecimento de todos os bispos. Essa é a beleza da Conferência, de enriquecermos a Igreja no Brasil com aquilo que realmente é o rosto diverso, diferente, mas um tesouro que Deus nos deu que é o povo em suas comunidades”.
Na entrevista, dom Ricardo falou também sobre a sinodalidade proposta pelo Papa Francisco e como ele, como secretário-geral da CNBB, pretende trabalhar a sinodalidade na Igreja do Brasil.
Confira a entrevista na íntegra:
