Ecumenismo: tema de atualização do clero de União da Vitória

A diocese de União da Vitória (PR) promove, todos os anos, a semana teológica para a atualização do clero. Em 2013, o evento, ocorrido entre  9 a 11 de setembro, abordou o tema contemplado Ecumenismo, em consonância com as comemorações dos 50 anos do Concílio Vaticano II e os 500 anos da Reforma Protestante, que está em andamento.

A Semana reuniu cerca de 60 pessoas e contou com a presença do assessor da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso da CNBB, e especialista na área do ecumenismo, padre Elias Wolff. O assessor, que também é membro da Comissão Teológica do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), conduziu o estudo sobre “A Igreja do diálogo no Concílio Vaticano II – O ecumenismo e o diálogo inter-religioso”.

Partindo dos documentos conciliares e passando por documentos posteriores do magistério, por alguns teólogos que falaram sobre o tema, Wolff salientou que o ecumenismo é próprio da Igreja Católica, e que ela não pode pensar sua pastoral ignorando todos os irmãos que acreditam e agem diferente dela. De acordo com assessor,” a Igreja precisa estar aberta ao diálogo respeitoso e verdadeiro para com todos os seres humanos, pois todos vêm do único Deus e todos são amados indistintamente por Ele”.

Na ocasião, padre Elias mostrou a necessidade de conhecer os documentos e as orientações da Igreja. O estudo recuperou algumas causas históricas que levaram às separações na Igreja de Cristo, especialmente entre a Igreja Católica, a Igreja Ortodoxa e a Igrejas históricas originadas da Reforma do século XVI.

Aprofundando o ensinamento do Decreto Unitatis Redintegratio ed o Diretório Ecumênico, padre Elias enfatizou os princípios doutrinais para a prática do ecumenismo: a fé na Igreja una e única, a relação da Igreja católica com as outras Igrejas, a compreensão do movimento ecumênico. Concluiu que a prática ecumênica se realiza de fato quando há interesse de todos pela unidade. Interesse que renova o coração das pessoas e, em consequência, as igrejas.

De acordo com o padre Mário Glaab, participante do evento, a semana teológica despertou em todos o interesse para a causa ecumênica. “O conhecimento mútuo é de extrema importância. Somente quando se conhece bem a própria Igreja e se respeita a do outro é que se pode iniciar o verdadeiro diálogo”, disse.

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