Em reunião com colaboradores, administração da CNBB anuncia implementação de modelo semipresencial de trabalho

A partir da segunda quinzena de junho, será aplicado um modelo de trabalho semipresencial para algumas equipes administrativas da sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília. O anúncio do modelo híbrido foi feito durante reunião virtual na manhã desta sexta-feira, 28 de maio, convocada pelo Secretariado Geral da entidade.

Após mais de um ano com o trabalho remoto (home office) implementado para as rotinas administrativas, o Comitê de Administração da CNBB percebeu alterações na produtividade e na dinâmica de comunicação entre as equipes de trabalho, cuja fluidez é maior no convívio presencial dentro da entidade. O trabalho semipresencial já funciona há alguns meses para um grupo de colaboradores essenciais no funcionamento da sede, como cozinha, serviços gerais, tecnologia da informação e cozinha. Mas não estava aplicado para o conjunto de equipes administrativas.

O objetivo é que “a presencialidade traga de novo a dinâmica de comunicação que foi perdida” em algumas situações, segundo o consultor de gestão da CNBB, José Luna.

Junto com o retorno de algumas atividades presenciais serão estabelecidas reuniões de controle com os setores, no sentido de estabelecer planos de ações para melhoria contínua e dinâmica de metas, objetivos, ações e acompanhamento dentro de cada setor. Os encontros terão início na próxima quarta-feira, 2 de junho, com as áreas contábil, financeira, de Tecnologia da Informação e Recursos Humanos.

Cenário socioeconômico

Durante o encontro virtual, aberto pelo bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, com uma oração pedindo a intercessão de Nossa Senhora, foi lembrado o cenário atual do Brasil e do mundo, ainda diante da pandemia da Covid-19 e suas consequências sociais e econômicas.

Agradecidos por não ter havido nenhuma perda entre os colaboradores, os gestores chamaram atenção para a continuidade dos cuidados de prevenção diante da pandemia da Covid-19 e para a observação dos aspectos socioeconômicos que dela decorrem, como a alta da inflação, sobretudo dos alimentos; o aumento da taxa de juros, dos combustíveis, dos medicamentos e do dólar que afetam os mais pobres. “Um momento extremamente difícil e a CNBB vem sofrendo as consequências”, segundo o ecônomo da entidade, monsenhor Nereudo Freire Henrique.

Sustentabilidade da instituição e dos empregos

Diante desse quadro, o Gabinete de Crise – instalado em 2020 para auxiliar no enfrentamento das consequências da pandemia – tem seguido o mesmo princípio de salvaguardar a sustentabilidade da instituição, a manutenção dos empregos e a segurança dos colaboradores.

“Há a sensibilização para manter, assegurar o emprego. Mas temos que ter uma corresponsabilidade, para que a instituição possa continuar funcionando, possa oferecer serviços com qualidade”, destacou Nereudo.

O ecônomo explicou que o grupo tem feito várias reuniões para encontrar alternativas viáveis para a manutenção da instituição, dos empregos mantendo uma saúde financeira e de segurança para todos os colaboradores da instituição e a para a própria instituição.

O subsecretário-adjunto geral da CNBB, padre Dirceu de Oliveira Medeiros, agradeceu o empenho da equipe econômica, ressaltando que, sem a atuação do Gabinete de Crise, “a situação seria muito pior”. Padre Dirceu salientou aos colaboradores que é preciso perceber que da parte da administração “tem sido feito um esforço hercúleo para manter a sustentabilidade da instituição e a segurança de todos”.

Padre Dirceu ainda indicou que é preciso aprender com a pandemia, e aproveitar o home office para aprimorar conhecimento, por meio da leitura de livros e na formação continuada.

Aos colaboradores, também foi informada a adesão da CNBB ao Novo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, instituídos pelas Medidas Provisórias 1045/2021 e 1046/2021.

Ao final do encontro, cada colaborador foi motivado a partilhar uma palavra neste contexto de pandemia. Esperança, solidariedade, gratidão, cuidado, vida e fé foram algumas das expressões citadas.

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