A Casa Bom Samaritano (CBS), em Brasília, recebeu a visita especial da primeira-dama Janja (Rosangela Lula da Silva). Acompanhada por sua equipe e pelos representantes da Casa, Janja conheceu de perto as ações desenvolvidas pela AVSI Brasil e pelo Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH) no âmbito do projeto Acolhidos por meio do trabalho, parte da Operação Acolhida.
Desde sua inauguração, em 2021, o Centro de Acolhida Casa Bom Samaritano já acolheu 913 refugiados e migrantes venezuelanos. Atualmente, a Casa abriga 68 pessoas — entre elas, 37 crianças e adolescentes. A CBS é fruto de uma parceria entre a AVSI Brasil e o IMDH/Fundação Scalabriniana, com o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que cedeu gratuitamente o espaço.
A primeira-dama foi recepcionada pela irmã Rosita Milesi, missionária scalabriniana e diretora do IMDH, e por frei Jorge Luiz Soares da Silva, assessor de relações institucionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Durante a visita, Janja conversou com famílias acolhidas e participou de uma celebração de Páscoa organizada pela equipe técnica e por voluntários da CBS.
Visivelmente emocionada, Janja agradeceu à equipe da Casa pelo trabalho humanitário e ressaltou a importância do tema para o Governo Federal. “A mobilidade humana é um dos maiores desafios da nossa época e um compromisso do Governo Federal é apoiar iniciativas como esta”, afirmou. Ela também manifestou interesse em visitar, em breve, os abrigos da Operação Acolhida, em Roraima.
Em seu discurso de boas-vindas, irmã Rosita destacou a relevância da temática migratória e a necessidade de cooperação entre Estado, sociedade civil e organismos internacionais para a continuidade do trabalho de acolhida. Ela também fez uma associação entre a jornada dos migrantes e o tempo pascal que se aproxima: “Este momento vivido aqui, nesta Casa, é um tempo de superar desafios e dificuldades vividas na jornada migratória, e é, acima de tudo, um tempo de alcançar o sentido central do tempo pascal, a ressurreição, onde migrantes, refugiadas e refugiados acolhidos na Casa Bom Samaritano reavivam sua esperança e buscam forças para um caminho de integração, de proteção e de paz em nosso país”, destacou.
No encontro, duas famílias migrantes relataram, em nome dos demais acolhidos, as dificuldades enfrentadas até chegarem ao Brasil, expressando também alegria e gratidão pelo acolhimento e o desejo de fazer do Brasil o seu novo lar.

Um espaço de acolhimento para migrantes e refugiados
O Centro oferece moradia temporária por até três meses, com apoio integral às famílias e inserção laboral de pelo menos uma pessoa da família. O acolhimento ocorre por meio da Interiorização Institucional (Abrigo–CBS), estratégia pela qual famílias são transferidas de abrigos em Boa Vista (RR) para Brasília, onde são acolhidas temporariamente e apoiadas para sua integração com autonomia.
A interiorização vinculada à Casa Bom Samaritano integra a estratégia nacional coordenada pela Operação Acolhida e por organizações como a AVSI Brasil e o IMDH. O objetivo é promover a inclusão socioeconômica de migrantes e refugiados venezuelanos, retirando-os da situação de vulnerabilidade nos abrigos de Roraima e conectando-os a novas oportunidades em outras regiões do país.
Durante a estadia em Brasília, as famílias recebem moradia, alimentação, apoio assistencial e orientação para acesso a serviços públicos como SUS e educação. Também contam com apoio material como cestas básicas, itens de casa e produtos de limpeza, além de acompanhamento para adaptação à nova rotina.

Com informações e fotos de Fabrício Preto, da Comunicação do Instituto Migrações e Direitos Humanos
