Frente o aumento da violência no Pará, bispo convoca cristãos a cultivar a cultura da paz

Diante dos recentes casos de violência, como a morte de 21 presos em Belém (PA), dom Vital Corbelini, bispo de Marabá (PA) tem defendido que a Igreja não pode cruzar os braços. Segundo o religioso a violência tem aumentado no estado e isto acende uma luz de alerta. Além dos presos, o bispo denuncia que tem aumentado a violência contra pessoas simples, pobres, camponeses e de policiais militares no estado. O bispo atribui a desigualdade e a concentração de renda e da terra o avanço da violência na região.

“A violência está atingindo as nossas vidas, nossos ideais e projetos, sobretudo dos mais jovens que estão tendo suas vidas ceifadas”, disse. O prelado defende que a Igreja, neste contexto, tem o papel de cultivar uma cultura de paz e anunciar a civilização do amor como preconizou o papa Paulo VI. “A civilização do amor deve ser implantada entre nós. Jesus Cristo nos diz que devemos amar os inimigos e rezar por aqueles que nos perseguem”, disse.

O religioso tem defendido que é necessário que as autoridades façam seu trabalho no sentido de fazer cessar a violência com atitudes que favoreçam a paz na sociedade. Ele exorta que o povo não busque fazer justiça com as próprias mãos porque violência gera violência. A convocação, segundo o religioso, vem da própria Igreja no Brasil que em sua última campanha da fraternidade, realizada no período da quaresma deste ano, buscou apontar caminhos para a superação da violência.

O prelado falou também da necessidade de não estimular a violência pelas redes sociais e que a paz deve ser buscada dentro das famílias e também a partir das comunidades cristãs e católicas. “É necessário que busquemos a unidade em nossa própria família e em nossas comunidades, entre pastorais, movimentos e serviços. Que não haja divisões mas unidade entre o povo de Deus com seus padres e destes com seu povo e bispos. Tudo começa dentro de casa”, disse. Não podemos só lançar o problema aos outros, disse o bispo. “Também devemos assumir atitudes que possam favorecer o amor e a paz entre nós assim como fez Jesus Cristo”, disse.

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