Estamos em plena Semana da Pátria, neste ano de 2010. A própria data facilita as contas. Caindo a festa da independência no dia 07, é fácil a partir dela montar uma semana.  Mas seja qual for o jeito de calcular a Semana da Pátria, ela nos envolve  a todos, e nos faz partilhar com alegria os sentimentos de mística ufania e de surpreendente  encanto, ao percebermos como a multiforme diversidade de pessoas encontra um denominador comum em ter este generoso país como pátria de todos os seus habitantes.

Em ano de eleições como este, a Semana da Pátria nos convida a superar, nestes dias, o clima de disputa eleitoral, para olhar a Pátria com simpatia, e nos revestir da responsabilidade comum pelo seu futuro.

Nesta perspectiva, é possível incluir as próprias eleições, mas já olhá-las além do resultado eleitoral que tiverem, para nos sentirmos, desde agora, convocados a colaborar com os futuros governantes, sobretudo com quem ocupar a Presidência da República.

O Brasil é tão grande, que para ser bem governado precisa da colaboração de cada cidadão e cidadã. Vistas nesta perspectiva, as eleições tem a salutar função de despertar para o desafio comum de assumirmos, cada vez mais, a missão de tornar este país a pátria de todos os seus habitantes, dando-nos conta dos muitos desafios que se apresentam.

Olhando nossa caminhada de país independente, não há dúvida que estamos vivendo um momento excepcional de nossa história, pelas transformações profundas que estão em curso, e pelo que o Brasil está conseguindo em termos de desenvolvimento e de afirmação de suas potencialidades.

A percepção da grandeza deste momento nos convida a superar a mesquinhez das acusações pessoais ou os preconceitos oriundos de convicções subjetivas, para  abrir espaço para a disposição de contribuir positivamente com os futuros governantes.

Este me parece ser o recado maior da Semana da Pátria deste ano. Somos um grande país. Só seremos dignos dele se tivermos a grandeza de ânimo motivando todas as nossas ações. Desde o fato de depositar nosso voto consciente e responsável no dia 03 de outubro, até o trabalho cotidiano de nossos compromissos profissionais.

Assim todas as ações podem se revestir de grandeza. Ao contrário, se não soubermos impregnar desta motivação o que fazemos, até as grandes causas que defendemos podem se tornar expressão de mesquinhez.

Na medida em que um país se desenvolve, aumenta a complexidade dos seus problemas. Um exercício salutar para esta Semana da Pátria seria elencar os principais desafios que aguardam o novo governo.

A seqüência certamente resultaria diferente, dependendo do critério adotado. Alguns desafios são mais importantes do que outros. Basta pensar, por exemplo, na educação. Ela é, sobretudo, estratégica.  E assim a lista seria certamente mais extensa do que o número dos próprios ministérios, que pretendem englobar todos os desafios.

Os candidatos serão eleitos em outubro. Mas já neste dia Sete de Setembro, todos fazemos voto de que o Brasil conte com a dedicação dos eleitos e a colaboração de todos os eleitores.

Dom Luiz Demétrio Valentini

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