De todos os cantos do país continuam a chegar à assessoria de imprensa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) notas de solidariedade e esperança pela tragédia que se acometeu no Haiti, nesta terça-feira, 12, e pela morte da médica pediatra e sanitarista, Drª Zilda Arns Neumann. O presidente da República, Regionais da CNBB e organismos vinculados, bispos, pastorais, entidades sociais, demonstram a irreparável perda pela morte da fundadora da Pastoral da Criança, ao mesmo tempo em que reafirmam o sentimento de gratidão por todo o bem que ela fez pela pessoa humana.
A arquidiocese da Bahia, que tem como arcebispo, dom Geraldo Majella Agnelo, um dos apoiadores para a criação da Pastora da Criança da década de 1980, declarou em nota que Drª Zilda foi uma […] “mulher que honrou o Brasil com seu trabalho de total doação à vida, através das crianças e suas famílias, Dra. Zilda deixa uma lacuna em nossos corações […]”.
O presidente do Regional Sul 1 da CNBB, dom Nelson Westrupp se referiu a Drª Zilda como uma figura emblemática para a memória nacional que, segundo ele, “jamais se apagará”. Ele relatou ainda algumas características da médica. “Seu jeito terno e amoroso, suas atitudes maternas, sua capacidade de organização e de liderança, são marcas que ficarão para sempre nos corações das pessoas que aprenderam a conhecer Drª Zilda no dia-a-dia da sua ação social e caritativa”.
“Sua morte equivale à morte dos que se entregam em doação ao Reino”. Foi o que disse em nota a Comissão Pastoral da Terra do Paraná (CPT-PR). O texto completa ainda frisando a falta que irá fazer o trabalho da fundadora da Pastoral da Criança. “Sua ausência será sentida por todos aqueles e aquelas que acreditam que é possível um mundo de justiça e fraternidade a partir do clamor do Evangelho. Que seus exemplos de mulher corajosa e forte e seu testemunho fortaleçam a luta pela terra e pelos povos da terra”.
A morte da Drª Zilda também foi lamentada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Em nota, ele relatou sua consternação pela morte da médica e por todo o povo haitiano. “Transmito meu pesar e minha total solidariedade ao povo haitiano e à família das vítimas brasileiras, civis e militares, em especial à de Zilda Arns, coordenadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa e conselheira do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Que Deus dê conforto a todos nesse momento doloroso”.