Dom Fernando Arêas Rifan
Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney
 

 

 

Na próxima sexta feira, dia 8 de março, o mundo comemorará o dia internacional da mulher. É ocasião para nos lembrarmos do grande papel das mulheres em nossa vida, mulher-mãe, mulher-esposa, mulher solteira, simplesmente mulher, ao mesmo tempo em que nos vem ao coração a imensa gratidão que devemos lhe tributar. 

Mas queria dedicar esse artigo, sobretudo, às mães que sofrem. E são muitas. Principalmente as que sofrem pelos filhos. As que sofrem nas guerras. E estamos nelas. 

O Papa Francisco recorda o sofrimento e a dor de tantas mulheres: “Olhando para Maria com o Filho nos braços, penso nas jovens mães e nos seus filhos que fogem das guerras e da fome ou que esperam nos campos dos refugiados. São tantos! Que a Rainha da paz obtenha concórdia para os nossos corações e para o mundo inteiro”. Ele exorta a olhar para Maria a fim de que o mundo possa encontrar seu caminho através da oração à Virgem. 

São muitas as mães que sofrem! Principalmente nas guerras. Em lágrimas elas se despedem de seus maridos, abraçam seus filhos assustados, gritam corajosamente “não” a uma guerra que não pertence a ninguém! Elas estão sempre prontas a ajudar os soldados, até considerados inimigos, mas que são jovens assustados também e frágeis. 

Falamos da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que mostrou o rosto das mulheres com expressão de amor e dor. Falamos da guerra de Israel e Gaza, onde as mulheres abraçam seus filhos ensanguentados e até mortos. Que esse choro das mulheres chegue até o céu e faça cessar esses conflitos onde todos perdem a razão. 

Para essas mulheres, no Dia Internacional da Mulher dedicado a elas, nossa mensagem de amor, consolo e gratidão ao seu coração sofrido pela dor. Ferir uma mulher é ultrajar a Deus, que recebeu a sua humanidade de uma mulher. 

A violência contra as mulheres é um problema quase satânico, disse o Papa Francisco. “Uma mulher me vem à mente ao entrar na Basílica (de São Pedro, onde, na entrada, está a estátua da Pietá – Nossa Senhora das Dores com Jesus morto nos braços). À direita, a piedade de Nossa Senhora, Nossa Senhora humilhada diante de seu filho nu, crucificado, malfeitor aos olhos de todos. Aquela é a mãe que o criou, totalmente humilhada. Mas ela não perdeu sua dignidade. E olhar aquela imagem em momentos difíceis como o de humilhação e onde se sente perder a dignidade, olhar aquela imagem nos dá força… Olhe para Nossa Senhora, fique com essa imagem de coragem…”, disse ele a uma mãe sofredora. 

“Humilhação, sofrimento e dureza de espírito: hoje, no coração de cada mulher, em momentos particulares da vida, se continua vivendo esta oscilação. Há o cuidado, há o olhar que se apoia na fragilidade, na dor, por exemplo, dos próprios filhos.” “Esse olhar feminino – explicou o Papa – transforma o desânimo e oferece esperança mesmo num cenário de guerra”. 

A todas as mulheres que sofrem o nosso consolo! E nossa oração por elas. 

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