O mundo comemora, no dia 12 de maio, o Dia do Profissional de Enfermagem. No Brasil, além do Dia do Enfermeiro, comemora-se a Semana da Enfermagem em homenagem a dois grandes personagens da Enfermagem no mundo: Florence Nigthingale e Ana Néri, enfermeira brasileira e a primeira a se alistar voluntariamente em combates militares.
Atualmente, no Brasil, os enfermeiros são mais de 2,3 milhões que trabalham em situações de risco, muitos dos quais cuidando de pacientes acometidos pela Covid-19.
Em 2020, nessa mesma data, 12 de maio, o portal da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) havia conversado com o bispo de Campos (RJ) e referencial da Pastoral da Saúde, dom Roberto Francisco Ferrería Paz, sobre a importância do papel exercido por esses profissionais, sobretudo em época de pandemia.
Na ocasião, dom Roberto já havia salientado a importância de se fazer ressoar o grito dos profissionais de saúde. Salientou, ainda, que as manifestações dos enfermeiros são reflexos da péssima condição de trabalho na qual os enfermeiros são colocados, citando a falta de equipamentos, a exposição de profissionais com mais de 60 anos de idade na linha de frente e também à superlotação das unidades de terapia intensiva.
Em 2021, um ano após o diálogo com dom Roberto, a situação dos enfermeiros permanece a mesma. Eles continuam lutando por seus direitos, inclusive por um piso salarial digno. Prova disso é a existência de um Projeto de Lei, o 2.564 de 2020, que institui o piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras.
Essa é uma das reivindicações que devem ser levadas pelo Senado Federal na próxima reunião de líderes. Ao longo de toda a primeira semana de maio de 2021, senadores se manifestaram, em Plenário e pelas redes sociais, a favor do projeto, apresentado pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES). O relatório da senadora Zenaide Maia (Pros-RN) é favorável à aprovação, na forma de um substitutivo (texto alternativo).
Manifestações e carreatas
Nesta quarta-feira, 12, Dia Internacional da Enfermagem, vários jornais locais noticiaram carreatas e manifestações em favor da aprovação do Projeto de Lei. Estados como Piauí, Rondônia, Pernambuco registraram os atos.
“Rezemos, intercedemos por essa classe, mas vamos ao mesmo tempo nos somar para que justamente se veja a saúde como uma mola, uma alavanca do desenvolvimento. Investir na saúde não é despesa, não é gasto, é multiplicar as possibilidades de chegarmos a uma sociedade mais equilibrada, mais harmoniosa com inclusão e direitos oficiais”, afirmou dom Roberto (ainda em 2020).
Leia a matéria realizada com dom Roberto: