Celebramos no domingo (15) a solenidade da Assunção da Virgem Maria, Nossa Senhora da Glória. O Papa Bento XVI assim falou: “Se trata de uma festa antiga, que tem seu fundamento último na Sagrada Escritura: esta, de fato, apresenta a Virgem Maria estreitamente unida a seu Filho divino e sempre a Ele solidária. Mãe e Filho aparecem estreitamente associados na luta contra o inimigo infernal até a vitória plena sobre ele.
Esta vitória exprime-se em particular na superação do pecado e da morte, isto é, na superação daqueles inimigos que São Paulo apresenta sempre juntos. Por isso, como a ressurreição gloriosa de Cristo foi o sinal definitivo desta vitória, assim a glorificação de Maria também no seu corpo virginal constitui a confirmação final da sua plena solidariedade com seu Filho, tanto na luta quanto na vitória.
De tal profundo significado teológico do mistério se fez intérprete o Servo de Deus Papa Pio XII, no pronunciamento de 1º de novembro de 1950, na solene definição dogmática deste privilégio mariano.
Ele declarava: “Em tal modo a Augusta Mãe de Deus, misteriosamente unida a Jesus Cristo, fim de toda eternidade, com um mesmo decreto de predestinação, Imaculada na sua concepção, virgem casta na sua divina maternidade, generosa sócia do Divino Redentor, que conseguiu um pleno triunfo sobre o pecado e sobre suas conseqüências, ao fim, como supremo coroamento de seus privilégios, obtém de ser preservada da corrupção do sepulcro e, vence a morte, como outrora o seu Filho, de ser exaltada em alma e corpo à gloria do Céu, onde resplende Rainha à direita do seu Filho, Rei imortal dos séculos”.
Caríssimos irmãos e irmãs, assunta ao céu, Maria não está longe de nós, mas está agora muito próxima e a sua luz se projeta sobre nossa vida e sobre a história da humanidade inteira. Recorremos com confiança àquela que do alto nos guarda e nos protege. Precisamos todos do seu auxílio e do seu conforto para enfrentar as provas e desafios de todos os dias; precisamos senti-la mãe e irmã nas concretas situações da nossa existência. Nas palavras do Papa, estamos unidos celebrando aqui em nossa Arquidiocese a festa do céu na terra, a fim de fazer de nosso caminhar um permanente seguimento de Jesus.
E nesta semana recordamos as nossas famílias como promotoras dos valores humanos e cristãos. Com Nossa Senhora da Glória, queremos renovar o compromisso de defender a vida das famílias. Condenamos todas as formas alternativas que hoje a sociedade quer aprovar e reconhecer como “união estável”, com todos os direitos civis. Entendemos que a Palavra de Deus nunca poderá ceder aos caprichos humanos.