Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto

O Ciclo do Natal terminou com a Festa do Batismo do Senhor, Aquele que se apresenta como “o Cordeiro de Deus”. Agora é o tempo da manifestação de sua vida pública, quando é apresentado por João Batista aos discípulos.

João dá testemunho de Jesus dizendo: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. Ele vem como luz das nações e portador do bem como nos diz o profeta Isaías. Toda esta realidade revela a Aliança de Deus com o povo.

A prática do batismo alimenta a esperança na vida do povo, a consciência da liberdade e da vida. Leva à vida de comunidade na solidariedade e na convivência fraterna. Isto consegue superar os problemas, os conflitos e as divisões.

O Cordeiro sinaliza a morte e a Páscoa de Jesus. Morte do mundo que oprime o povo pelas diferenças sociais e econômicas, e Páscoa que é a possibilidade de uma vida com dignidade e habilitada para a missão no mundo.

O sistema opressor escraviza a humanidade, tirando dela a possibilidade de vida feliz. Ele gera morte, fruto da violência. O mal se torna realidade dentro das pessoas insensíveis ao projeto de vida trazido pelo Cordeiro de Deus.

O mal está dentro de nós e afeta as atitudes do ser humano, seja na falta de ética, na violência, na corrupção e em situações que não condizem com a prática do bem. São as chamadas estruturas de pecado e de destruição.

A dignidade é uma marca muito profunda no ser humano. Faz com que ele seja até incapaz, por si mesmo, de superar suas fraquezas. Ele necessita de uma força do alto, de abertura para Aquele que traz vida nova.

É fundamental lutar por um novo modelo de vida, marcado pela liberdade e pela felicidade. Para isto é necessário romper com a escravidão e deixar-se conduzir por quem é capaz de fazer a vida ficar nova e feliz. A Eucaristia é a fonte indispensável para que isto aconteça de forma verdadeira nos corações sinceros.

Tags:

leia também