Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)
O Dia dos Pais começou a ser celebrado no dia 19/06/1910 e teve, como inspiradora, Sonora Smart Dodd, que, após ouvir um sermão no Dia das Mães, em Washington, desejou fazer o mesmo em relação a seu pai, a quem admirava muito por ter criado sozinho seis filhos, pela morte da sua mulher. Na verdade, todas as culturas reverenciaram os pais como conferimos num antigo cartão da Babilônia, onde um jovem, chamado Elmesu, deseja saúde e vida longa ao seu amado pai.
Sempre se considerou, especialmente no cristianismo, ser pai, como uma vocação e benção de Deus, transcendendo o plano meramente biológico, elevando-o a uma missão que compartilha, em certo modo, a paternidade divina. Por isso, é insubstituível e vinculado ao Projeto divino sobre a família, que o tem como seu líder, custódio, educador e provedor, em colaboração e partilha com sua esposa. Quando uma sociedade não honra e valoriza mais os pais, ela iniciou um processo de autodestruição irrevogável, deixando um vazio irreparável e quase impossível de preencher. O melhor presente que anseiam os pais é o reconhecimento e o afeto espontâneo dos filhos, pois sempre estão dispostos a dar tudo por eles, a sua própria vida.
Caros pais, não pensem em nenhum momento que são desnecessários, desatualizados ou que “já eram”; ser pai não é questão de moda ou popularidade, mas de honrosa e precípua tarefa dada pelo próprio Criador e Pai de todos (as), do qual recebem a força, a inspiração e a sabedoria.
Não são os pais que devem imitar os filhos, embora existam muitas áreas para uma benéfica interação e aprendizado, mas os pais, que, com seu testemunho e exemplo, marcarão indelevelmente a alma e o coração dos seus filhos.
Nunca desistam de influenciar, educar, e corrigir, de modo amável, mas firme, a seus filhos, pois a presença, atenção e vigilância de um bom pai, garantem um destino e um caminho bem sucedidos rumo a uma vida plena. Que São José, modelo de paternidade cuidadosa e solícita os abençoe. Deus seja louvado!
