Pastoral da Saúde se reúne em Aparecida (SP) na romaria nacional

O evento é uma experiência de evangelização e testemunhal de Cristo o Salvador Compassivo, destaca o bispo

Termina neste sábado (11), a romaria anual da pastoral da Saúde ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP). O encontro marcou os 31 anos de atividades da pastoral, comemorado dia 9 e celebra o Dia Mundial dos Enfermos, 11. O objetivo da romaria é reunir os agentes da pastoral de todo o Brasil para uma celebração conjunta dos 31 anos de serviço à sociedade da pastoral e dos 300 anos do encontro da imagem da padroeira do Brasil nas águas do Rio Paraíba. Para o bispo de Campos (RJ) e referencial da Pastoral da Saúde, dom Roberto Francisco Ferrería Paz, o evento é uma experiência de evangelização e testemunhal de Cristo o Salvador Compassivo. Além disso, mostra a unidade e a comunhão desta pastoral tão atuante a serviço da população.

Dom Roberto ressalta ainda que a pastoral na Igreja e no testemunho do seu serviço tem o papel fundamental de acolher os irmãos doentes e lutar por uma saúde pública digna e acessível. “Neste ano Mariano, queremos que Maria, a Mãe da vida, da saúde e da criação, nos 300 anos do seu aparecimento no Rio Paraíba, nos dê força, nos anime e nos impulsione na fidelidade ao Reino e no compromisso com os mais pobres”, afirmou.

Em 2017, a pastoral tem como objetivo promover ações nos diversos projetos assumidos na assembleia nacional, como capacitação, formação e o fortalecimento da presença cidadã nos diversos organismos e conselhos do SUS. “Ser uma presença crítica, testemunhal e transformadora junto aos doentes e trabalhadores da saúde em defesa da vida do povo e do próprio SUS”, destaca dom Roberto Francisco.

Na opinião do bispo, a saúde pública no Brasil está em processo de deterioração e “colapsamento” especial a partir da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55. “Já vínhamos de um subfinanciamento que nunca conseguiu aplicar o Projeto Lei de iniciativa popular ‘Saúde+10’, porém, agora o estrangulamento e a carência de dotação orçamentária, piorou notoriamente. Com isso temos o Sistema Único de Saúde (SUS) funcionando à míngua e a saúde do povo num quadro muito crítico, com o retorno de velhas doenças e colocando em risco a expectativa de vida, que tinha crescido em patamar bons e razoáveis”, pontua dom Paz.

A Pastoral da Saúde é um organismo de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), vinculada à Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz. De acordo com as diretrizes da CNBB, a pastoral é a ação evangelizadora “de todo o povo de Deus, comprometido a defender, promover, preservar, cuidar e celebrar a vida, tornando presente na sociedade de alguns tempos hoje a missão libertadora de Cristo no mundo da saúde”.

Com informações da diocese de Campos (RJ)
Fotos: Thiago Leon/Portal A12

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