Neste domingo, 15 de outubro, realiza-se, em Roma, a canonização dos Mártires de Cunhaú e Uruaçu (RN).
Na sexta-feira, 13, quem chegou à Praça de São Pedro teve a surpresa de já ver afixados na fachada da Basílica Vaticana os painéis com as imagens dos mártires. “Para nós é uma alegria grande, uma satisfação imensa encontrar tantas pessoas do Rio Grande do Norte que já se estão aqui em Roma, para a celebração, bem como ver o painel dos Mártires na frente da Basílica”.
A expectativa só aumenta para a grande concelebração solene, que acontecerá no próximo domingo, presidida pelo Papa Francisco”, diz o capelão dos Mártires, Padre Murilo Paiva.
Hoje também serão canonizados três adolescentes mártires, do México; um sacerdote italiano e outro sacerdote espanhol.
Os peregrinos que se encontram em Roma já podem adquirir lembrancinhas dos Protomártires do Brasil. Vários artigos como terços, medalhas e estampas podem ser adquiridos na loja do Vaticano, na Galeria São Pedro.
Coletiva de imprensa
Na manhã da
sexta-feira, 13, aconteceu uma coletiva, na sala de imprensa da Santa Sé, sobre a celebração de canonização. O Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha; o vice-postulador, Padre Júlio César Souza Cavalcante, e o Padre Flávio Medeiros, do clero da Arquidiocese de Natal, mas que reside em Roma e atua na equipe de cerimoniários da Basílica Vaticana atenderam aos jornalistas, para falar dos Mártires potiguares. Na ocasião, o Arcebispo e os sacerdotes conversaram com jornalistas do Brasil, Itália e França.
A Assessora de imprensa da Arquidiocese de Natal (RN), Cacilda Medeiros, está em Roma para acompanhar a cerimônia e traz um relato especial da expectativa para a celebração. Acompanhe as novidades por meio das redes socais da Arquidiocese de Natal.
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História
Em 16 de julho de 1645, o padre André de Soveral e outros 70 fiéis foram cruelmente mortos por 200 soldados holandeses e índios potiguares. Os fiéis estavam participando da missa dominical, na Capela de Nossa Senhora das Candeias, no Engenho Cunhaú – no município de Canguaretama (RN).
Em 3 de outubro de 1645, três meses depois, houve o massacre de Uruaçú. Padre Ambrósio Francisco Ferro foi torturado e o camponês Mateus Moreira, morto. Os invasores calvinistas não admitiam a prática da religião católica. No local do massacre foi erguido o ‘Monumento dos Mártires’.
“Esses mártires, para a nossa Igreja e o Brasil, são uma mensagem perene de convicção de vivência da fé, e sobretudo num mundo tão adverso onde a secularização vai grassando todas as instâncias da sociedade sobretudo a vida humana, é um momento em que nós nos voltamos para valores mais altos, é uma mensagem muito eloquente de valores mais altos, valores eternos, o sangue derramado pelo nome de Cristo, pela Igreja e para a glória de Deus, então é uma benção muito grande para todos nós”, declarou o arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha.
Com informações e fotos da jornalista Cacilda Medeiros, enviada especial da Arquidiocese de Natal (RN)