Atendendo ao chamado para a participação de todos as forças da Igreja, a Pastoral da Juventude (PJ) articula e anima a participação de seus agentes no processo da Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe, promovida pelo Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam). “Latino-América Jovem: Caminhos juvenis para a Assembleia Eclesial” é a mobilização das juventudes por meio de ciclos de diálogo iniciados no dia 23 de junho.
Na noite desta quarta-feira, 30 de junho, no segundo ciclo, os jovens receberam o bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Joel Portella Amado, para falar sobre as motivações, objetivos e formas de participação no processo de escuta da assembleia.
Dom Joel ressaltou que a Assembleia, cujo tema é “Todos somos discípulos missionários em saída” deve retomar as reflexões da Conferência de Aparecida (2007), tê-las como referência e “tentar compreender um pouco dessa realidade que aí está”. Nesse processo de “compreender a realidade e discernir caminhos” proposto pela Assembleia, dom Joel salienta que a juventude tem um papel imprescindível, dada a sua familiaridade com a realidade do século XXI, no qual nasceram ou foram “tomando consciência da vida e do mundo” dentro desse contexto.
“A juventude está no olho do furacão de todos esses fatos que estão desafiando o mundo de hoje. Ao se pronunciar, ao se manifestar na Assembleia Eclesial, as juventudes falam a partir de dentro de quem vive essa experiência, de quem sente à flor da pele tudo o que vai acontecendo por aí. E esse olhar é importante, é indispensável, é crucial. Há valores, há perspectivas que só as juventudes possuem. Eu posso até entendê-los, mas eu vou entender num outro horizonte. Isso não pode ser desprezado. É uma insensatez não ouvir uma voz que tem tanto a contribuir, porque é um olhar, um sentir, é um perceber a partir desse lugar sociocultural específico e importante. É uma juventude que, nascendo e crescendo nesse horizonte sociocultural, consegue compreendê-lo de uma maneira que nós, muito mais idosos, não compreendemos”, destacou dom Joel.
O bispo também ressaltou que o processo da assembleia eclesial pode ajudar as juventudes a perceberem a importância “do caminhar em comum”, o que se aprende “principalmente a partir de experiências fortes”.

A iniciativa
A jovem secretária nacional da PJ, Michelle Gonçalves, faz parte da equipe nacional de animação da Assembleia Eclesial, e a PJ tem promovido diversas ações a fim de tornar o processo de escuta conhecido entre as juventudes e engajar os milhares de grupos de jovens da PJ espalhados pelo Brasil, convidando-os a serem parte desse caminho “que é sinodal, importante e histórico na vida da Igreja”, conforme destaca Michelle.
A contribuição da Pastoral tem se concretizado por meio das formações, divulgações de vídeos, cards e matérias, e os ciclos iniciados no último dia 23, com transmissão pelas redes sociais.
Na primeira roda de conversa, três assessores adultos participaram: Carmem Lúcia, do Centro de Juventude Cajueiro; Luís Duarte, assessor nacional da Pastoral da Juventude; e Márcio Camacho, da Rede Brasileira de Centros e Institutos de Juventude. Duas também estiveram na roda: Michelle, secretária nacional da PJ, e Hélia Marina, de Goiás.
A proposta foi fazer memória da contribuição da Pastoral da Juventude Latino Americana para a igreja no continente, trazendo elementos da pertença e do reconhecimento da PJ na América Latina, recordando os Congressos Latino Americanos de Jovens e refirmando a importância da Juventude se empoderar do processo de escuta.
Neste segundo ciclo de debates, além de dom Joel Portella, participaram o cantor Zé Vicente; as jovens Andra Domingos, da PJ de são Paulo; Michelle Gonçalves; e Vinicius Raposo, do Movimento Cursilho de Cristandade e que também faz parte da equipe nacional de animação da Assembleia Eclesial. A proposta foi apresentar aos jovens como o processo da Assembleia Eclesial nasceu, quais suas motivações, sua novidade, sua importância para a Igreja do Brasil e como a juventude pode participar.

A terceira roda de conversa será no dia 7 de julho, às 20h, com a participação da jovem Luiza Camargo, da PJ de São Paulo; do jovem Gustavo Fambomel, da PJ de Santa Catarina; o leigo Joaquim Alberto, do Distrito Federal; e os assessores adultos Chiquinho D’almeida e Elayne Cristina, de Manaus. A proposta desse momento é que seja uma partilha da experiência de ter respondido os questionários, de ser parte integrante do processo de escuta, de se sentir ouvido/a pela Igreja da América Latina. Os convidados e convidadas partilharão suas experiências na participação e suas perspectivas com a Assembleia Eclesial.
As atividades são sempre transmitidas pelo canal no Youtube e pelo Facebook da Pastoral da Juventude Nacional.
Com informações da Pastoral da Juventude
