Foi divulgada ontem, 9, pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, uma nota a respeito do debate sobre os abusos sexuais cometidos por parte de instituições eclesiásticas em países da Europa Central.
Padre Lombardi destacou que têm sido dadas provas de “vontade e transparência” por parte da Igreja, com relação ao assunto. A Santa Sé diz que “o ponto de partida correto é o reconhecimento do que aconteceu e a preocupação com as vítimas e as consequências dos atos perpetrados contra elas”, para que, no futuro, “não se repitam estes fatos gravíssimos”.
Segundo o sacerdote jesuíta, as Conferências Episcopais da Alemanha, da Áustria e da Holanda, entre outras entidades eclesiais, “responderam à manifestação do problema com rapidez e determinação”.
Após os casos verificados na Irlanda, com os quais o papa mostrou a sua preocupação junto ao respectivo episcopado, a nota da Santa Sé sublinha que o direito canônico tem “procedimentos judiciais e penais” próprios para estas situações.
Neste contexto, é citada a Carta “De delictis gravioribus” de 2001, assinada pelo então cardeal Joseph Ratzinger, que o Padre Lombardi diz ter sido “um sinal decisivo para recordar ao episcopado a gravidade do problema”.
A nota divulgada nesta terça-feira, 9, conclui com votos de se faça “todo o possível” para melhor proteger os jovens e as crianças “na Igreja e na sociedade”, e de que se verifique uma “purificação da própria Igreja”.
“As pessoas objetivas e informadas sabem que a questão é muito mais ampla. Centrar as acusações apenas na Igreja leva a distorcer a perspectiva”, disse padre Lombardi.
CNBB com Rádio Vaticano