Setor Universidades da CNBB visita região amazônica

De 18 de agosto a 15 de setembro, membros do Setor Universidades da CNBB realizara visita pelas regiões do Alto Solimões, Tabatinga e Benjamin Constant (AM), para dar continuidade ao projeto “Universitários missionários para Amazônia”, desenvolvido em conjunto com a Comissão Episcopal para a Amazônia. A assessora do setor, Ir. Maria Eugênia Lloris Aguado, relata que o ensino superior está se expandindo na região.

“Estão chegando as universidades públicas e vemos crescer as possibilidade de acesso ao ensino superior da população indígena, ribeirinha e do interior, emergindo desafios ligados a esta realidade que não podem deixar de ser atendidos”, conta a religiosa. Os desafios são a busca por boas condições de ensino nas instituições, mas também por moradia, subsistência e mesmo motivação para que os estudantes não desistam dos cursos superiores.

Diante das dificuldades de perseverança nos estudos, surgem outros caminhos mais fáceis, relata Ir. Eugênia. “Migrar para outras regiões em busca de trabalho, ficar desempregado ou permanecer na marginalidade. A Igreja organiza algumas atividades, mas é a população organizada que precisa acordar para assumir e pedir que seus direitos sejam respeitados e cumpridos”.

É neste ambiente que deve atuar a Pastoral Universitária, para que colabore junto aos estudantes na conscientização, vivencia da sua fé e exercício da cidadania. “Foi esta a reflexão que fizemos com um grupo de professores e estudantes da Universidade Federal do Amazonas, que decidiu se reunir uma vez por semana durante o horário de almoço, para colocar as suas inquietações e continuar debatendo os assuntos da Universidade e como eles podem ser protagonistas no presente e futuro da instituição e das suas comunidades”, relata a assessora.

Também participou desta viagem a assessora da Comissão Episcopal para a Amazônia, Ir. Irene Lopes. “Nossa intenção foi, para além de incentivar a presença da Igreja nas instituições de ensino superior, também conhecer melhor a realidade e seus desafios”, explica Eugênia.

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