Sugestão republicana

O que fazer para enfrentar e superar o moído político-partidário que precipitadamente lançou uma corrida eleitoral? A impressão causada na opinião pública é de

paralisia governamental. Fica a nossa sugestão e o apelo aos nossos parlamentares e gestores públicos que sejam discutidos projetos de Estado e municípios, equivalendo a políticas públicas perenes, não redutíveis a um período de um ou dois mandatos.

O que se espera na Paraíba é o investimento nas nossas potencialidades em vista de redes produtivas, com a vinda das águas do Rio São Francisco. As águas estarão chegando pelo canal Leste, por Monteiro, nos finais de 2010, e pelo canal Norte, por volta de 2011 ou 2012, garantindo a nossa segurança hídrica, irrigando todas as regiões do Estado, que comporta 11 bacias hidrográficas.

Energia e água para beber e irrigar são condições indispensáveis para assegurar nossa produção agrícola e agroindustrial, criando polos de desenvolvimento sustentável em todas as regiões do Estado. Pela matriz cultural do povo paraibano, compreende-se que ainda muitos estão presos ao esquema atávico de viver atrelado ao poder público. Muitos sobrevivem do funcionalismo. Seu sustento se vincula ao poder local.

Na Paraíba pouco se investe na indústria ou na agroindústria, por falta de visão de futuro. Entretanto, caminhamos para criar estruturas produtivas, não apenas atreladas ao poder burocrático de um ou de outro governo, com seus comandantes e aliados, eternos rivais guerreando entre si. No Ceará, desde a década de 80, e mais recentemente no Rio Grande do Norte, a visão atávica cedeu espaço para o empreendedorismo, investindo em produtividade, incluindo o turismo qualificado.

Por que não se investe nos centros vocacionais científicos e tecnológicos, em pesquisas de campo, através das universidades? Como fizeram os cearenses e potiguares, por que não corremos atrás de recursos e parcerias? Será tão difícil compreender isso? É exatamente essa a expectativa do povo, que quer ver seus gestores e parlamentares botando na pauta do dia discussões sobre o presente, planejando o futuro e não a sina do destino de um grupo político-partidário, nos moldes dos coronéis locais.

A exemplo da transposição das águas, cabe aos órgãos de gestão estadual e municipal e seus respectivos gestores traçarem um plano estratégico de distribuição e de gestão dessas águas. A Paraíba possui 11 bacias hidrográficas, cujos comitês ainda não estão constituídos. Sem água e energia não conseguiremos crescer e nos desenvolver. Nossa vocação é o desenvolvimento, sem intrigas e mexidos politiqueiros. Acorda Paraíba!

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