Quinze bispos foram nomeados e empossados entre a 55ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizada em abril de 2017 e a 56ª AG que se realiza em Aparecida (SP) de 11 a 20 de dezembro. Entre eles está o dom Francisco de Assis Gabriel dos Santos, bispo de Campo Maior (PI). Sua posse aconteceu dia 30 de setembro, na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, com a presença de cerca de 7000 mil pessoas.
O bispo cujo lema episcopal é “Spe Gaudentes”: Alegres na Esperança, chegou com uma grande expectativa para a sua primeira assembleia. “Tenho uma expectativa boa de encontrar os irmãos bispos e, ao mesmo tempo, ser despertado para a missão a partir das temáticas abordadas. Entre elas a formação do presbítero a partir dos tempos e desafios de hoje que a Igreja passa a cada dia”, disse.
Tendo se ordenado pela congregação do Santíssimo Redentor, os redentoristas, o religioso aponta a fraternidade como um ponto central para a formação de novos padres. “Hoje, inclusive nas dioceses, temos que formar para a fraternidade. Cada vez mais há uma necessidade da convivência fraterna”, disse.
Dom Francisco disse que só a formação para a fraternidade será capaz de garantir que os novos presbíteros se abram e abram seu coração à fraternidade como sugere o papa Francisco que fala da necessidade da ternura e de ter um coração terno. “Aquele que escuta e se coloca à disposição, mãos e coração na direção daquele que precisa, estes serão os novos padres para estes novos tempos”, disse.
Rumos para novos bispos – A AG, na avaliação do bispo, está apontando caminhos na medida em que ajuda os bispos a olharem para os desafios da realidade. “Ontem tivemos uma análise de conjuntura sobre os desafios da evangelização na cidade. Não podemos pensar a evangelização nem tampouco a formação dos padres sem levar em conta a realidade”, disse.
Além dos debates da assembleia geral, o pastor cita os caminhos apontados pelo papa Francisco por meio de suas exortações. Mas ele adverte que a realidade deve ser o critério adotado por um bispo. “A realidade tem que ser o olhar primeiro. É de lá que surgem as vocações, é lá que tem a realidade do pobre, do desempregado, do que não tem casa. E também a realidade do homem psicológico que sofre. Hoje temos a problemática da depressão”, destacou.
Para o religioso não se pode perder o olhar, a partir da realidade, e começar a pensar as respostas a partir de uma ação missionária evangelizadora em conjunto. Neste sentido, o bispo reafirmou a importância do colegiado da CNBB, dos regionais e depois a autonomia da própria diocese para trilhar os seus caminhos.
Dom Francisco é natural de Esperança na Paraíba. Ordenou-se padre em 22 julho de 2000, em Esperança (PA). Além de filosofia e teologia, é formado em jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco. Foi nomeado bispo em 21 de junho de 2017. O bispo é autor do livro: “Dom Helder abrindo caminhos”, lançado em 2006.