20 de novembro! Dia Nacional da Consciência Negra

Zumbi nasceu livre, mas morreu lutando pela liberdade. Houve um dia em que em Salvador parou por causa de uma greve dos escravos. O primeiro sistema de capitalização de que se tem notícia no Brasil foi montado por negros para a compra de alforrias. Negros entraram na Justiça contra senhores de escravos e alguns ganharam a ação.

Houve quilombo no Brasil inteiro. Não apenas os isolados, nas cidades. A maior concentração de negros fugidos no Rio ficava na área que é hoje a Lagoa Rodrigo de Freitas. A Camélia foi um código entre abolicionistas. Houve batalhas nas ruas. A História é muito mais rica, emocionante e forte do que os resumos que temos em mente. Parte do processo de valorização do negro no Brasil passa por abrir a cortina que encobre e simplifica o passado. Há historiadores fazendo isso para que o país se entenda melhor. E é inaceitável que o Brasil saiba tão pouco de tudo o que se passou nos primeiros séculos.

(Síntese do artigo de Miriam Leitão, Brasil abre a cortina do passado, in Revista A cor do Brasil, Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP), 2006, págs 7 a 11).

“Foi extensa a luta pela Abolição. Há diversos registros de historiadores mostrando como se lutou nas ruas por liberdade, em comícios, manifestações e revoltas. Não foi um movimento palaciano, foi uma vasta conspiração que tinha até símbolo e senha: a camélia”.

“Meu primeiro ato foi em 1930, quando se criou a Frente Negra, em número e influência o mais forte movimento que os negros já formaram no Brasil”.

Abdias Nascimento

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