Último dia do Conselho Permanente; confira os destaques da tarde desta quinta-feira, 17

No último dia do Conselho Permanente, 17 de junho, na parte da tarde, os bispos trataram sobre o regimento do Instituto Nacional de Pastoral, o Inapaz.

Dom Walmor de Oliveira Azevedo, presidente da Conferência, disse que desde junho de 2019 há o esforço para que o instituto contribua como assessoria teológica e pastoral da CNBB.

“Consideramos muito importante o exame, juízo e indicações por parte do Conselho porque é muito importante ter uma instância de peritos, levando em conta os desafios dos últimos tempos”, disse dom Walmor.

Apresentando o regimento aos bispos, padre Danilo Pinto explicou que, com relação à natureza e naturalidade, o instituto é um organismo técnico de assessoria teológica e pastoral.

O regimento também prevê a composição do conselho diretor e atividades inerentes ao Inapaz (reflexões teológicos-pastorais, pesquisa interdisciplinar, produção da análise de conjuntura eclesial, realização de seminário teológico-pastoral, produção de subsídios e estudos e produção de conhecimentos sobre a CNBB).

O Conselho aprovou o regimento e fez algumas considerações e ressalvas. Também foram aprovados os nomes para diretor e secretário executivo do Inapaz, respectivamente. São eles: dom Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília (DF) e o padre Danilo Pinto, da arquidiocese de Salvador (BA).

Carta ao Congresso

O Conselho Permanente tratou também sobre a aprovação de uma carta a ser dirigida ao Congresso Nacional, com o objetivo de propor que o mesmo retire da pauta projetos de regularização fundiária. A proposta é segundo o presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, que a carta apresente as preocupações com a defesa dos povos indígenas, da floresta.

“A carta recorda que os bispos da Amazônia já fizeram uma manifestação ao Senado e reafirmam a preocupação com os outros projetos que circulam. A preocupação é com o momento que o Brasil vive, com o número de mortes. Além disso, fazemos um pedido ao Congresso para que esses projetos sejam retirados de pauta e que se espere um momento oportuno para se realizar um amplo debate, uma ampla discussão com a população”, explicou dom Ionilton.

A carta será publicada, em breve, no portal da Conferência.

Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe

Dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina (PR), falou sobre a Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe e os princípios de renovação. “É um trabalho em chave sinodal para favorecer a responsabilidade eclesial e o diálogo permanente com as Conferências Episcopais”.

A Assembleia se realizará de 21 a 28 de novembro no entorno do Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, na Cidade do México e quer relembrar o que aconteceu na V Conferência Geral de Aparecida, e contemplar a realidade com seus desafios.

Dom Geremias ressaltou que a Assembleia é um trabalho da América Latina como um todo e falou sobre o processo de escuta, base do discernimento. Na sequência, padre Marcus Barbosa, secretário adjunto da CNBB, disse que sentiu uma grande mobilização de dioceses, regionais, movimentos no processo central da Assembleia, que é o movimento de escuta.

Padre Marcus relembrou a extensão do processo de escuta, que era até junho e agora segue até o dia 30 de agosto, o que segundo ele tem facilitado o trabalho da Comissão organizadora.

Sínodo dos Bispos

Também na parte da tarde, dom Joel Portella Amado, secretário-geral da Conferência, falou sobre o itinerário sinodal para a XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, previsto para ocorrer em outubro de 2023, com o tema “Por uma igreja sinodal: comunhão, participação e missão”.

Alguns prazos e datas foram apresentados, como a questão da abertura, a etapa nas igrejas locais, instrumentum laboris e reuniões entre as conferências.

Dom Joel apresentou também a equipe de animação do Sínodo, que deverá recolher contribuições vindas das dioceses e produzir um material.

Associação de médicos brasileiros católicos

Ainda durante a reunião do Conselho foi aprovada a proposta da criação de uma Associação de Médicos Brasileiros Católicos.

A tentativa, de acordo com dom Ricardo Hoepers, bispo de Rio Grande (PR), é que os médicos se organizem, tenham um estatuto nacional e sejam reconhecidos pela CNBB, para que possam se reunir e realizar suas atividades.

A proposta foi submetida à votação do Conselho e foi aprovada, ad experimentum, com a condição dos canonistas da Conferência ajustarem o estatuto da Associação.

 

 

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