Mais de 120 padres e diáconos refletiram nesta terça-feira, 5, o tema “Família: casais de segunda união estável”. O momento foi ministrado pelo casal da Pastoral Familiar de Jundiaí, João Bosco Oliveira e Aparecida de Fátima e fez parte da 2ª Reunião de Clero este ano. Outro momento de destaque foi o lançamento, para o clero, da biografia daquele que pode ser o primeiro santo da arquidiocese de Juiz de Fora, Monsenhor Marciano.
O casal João Bosco Oliveira e Aparecida de Fátima já escreveu diversos livros e ministra palestras em todo o Brasil sobre o casamento de segunda união. Eles afirmam que é fundamental que a Igreja trabalhe a acolhida dos casais que se encontram nessa situação. “Se a Igreja não acolher os casais de segunda união estável, outras denominações religiosas o farão”, ressaltaram.
É considerado casal de segunda união estável quando pelo menos um dos cônjuges já receberam o sacramento do matrimônio. Os palestrantes explicaram que os casais devem compreender sua condição dentro da Igreja e que, devem servir até mesmo de exemplo, dentro da comunidade, para a reafirmação do matrimônio. “O fato de eles, por exemplo, não poderem receber a Eucaristia deve estar bem esclarecido para o casal. Eles não recebem a Comunhão pelo grande valor e respeito que eles mesmos dão a ela”, enfatizaram.
Para o arcebispo, dom Gil Antônio Moreira, o tema deve ser esclarecido ao clero para que os padres fiquem atualizados. “É uma situação recente e urgente. Se não lidarmos com essa nossa realidade vamos comprometer nossa Igreja. A pastoral da segunda união é fundamental para a arquidiocese”, destacou.
“Vida e Obra do monsenhor Marciano”
Durante a reunião do clero, também foi apresentado aos presentes o livro que retrata a vida de monsenhor Marciano Bernardes da Fonseca. A publicação tem 245 páginas e retrata a vida do sacerdote que pode ser o primeiro santo canonizado da arquidiocese de Juiz de Fora.
Ele atuou na paróquia Santa Rita de Cássia, no município de Santa Rita de Jacutinga (pertencente à arquidiocese de Juiz de Fora). Ficou conhecido na cidade como ‘Padrinho Vigário’. A publicação vai ser feita com as memórias do morador de Santa Rita de Jacutinga, José Marinho de Araújo, reunidas por sua nora Fátima Oliveira Araújo e Araújo.
Monsenhor Marciano Bernardes da Fonseca nasceu no dia 17 de novembro de 1859, em Desterro do Melo, município de Barbacena. Foi ordenado sacerdote no dia 17 de abril de 1887. Chegou a Santa Rita de Jacutinga em 23 de julho de 1887, ficando na cidade por 59 anos. Seu sacerdócio exemplar foi marcado pela pobreza, caridade e trabalhos apostólicos.
Foi ele o principal promotor da emancipação do município. Na região há ruas e hospital que levam o nome do sacerdote.
Depois de analisar relatos de moradores e padres da região, o arcebispo dom Gil Antônio Moreira, decidiu começar o processo de beatificação. Ele enviou uma solicitação a Roma, pedindo o início dos trâmites em Juiz de Fora. “Estudando a vida desse sacerdote podemos dizer que ele foi modelo de fidelidade a Deus”, resumiu o arcebispo.
