Com a assinatura de seus 19 bispos, a Conferência Episcopal da República Dominicana, liderados pelo arcebispo da capital e atual presidente do episcopado, cardeal Nicolás de Jesús López Rodríguez, publicou uma ampla carta pastoral centralizada na importância e no significado das celebrações jubilares que este ano recordam os 500 anos da instituição da arquidiocese de Santo Domingo, aniversário também considerado o início da evangelização da ilha caribenha.
Junto com a criação da arquidiocese de Santo Domingo, também chamada de “Primaz da América”, se recordam os cinco séculos de existência da diocese de La Vega. Essas duas dioceses, junto com a de San Juan, de Porto Rico, foram criadas por decisão do Papa Júlio II, no dia 8 de agosto de 1511 e, por isso, João Paulo II chamou essas circunscrições eclesiásticos “primogênitas da fé da América” e assim são recordadas e celebradas nestes meses.
Em agosto será o ponto alto das comemorações, e em vista daquela data, os bispos dominicanos pedem uma preparação catequética profunda que sirva a todos os cristãos, de todo o continente, para refletir sobre as raízes cristãs dessas nações e sobre as múltiplas culturas latino-americanas e caribenhas. O episcopado dominicano, precisamente para facilitar este processo, dedica boa parte da sua carta a recordar momentos históricos e eclesiais importantes que nestes cinco séculos marcaram profundamente a realidade e a vida dos latino-americanos.
Com referência à República Dominicana, os bispos destacam a presença constante da Igreja Católica ao lado do povo, bem como o serviço missionário oferecido nas primeiras décadas de evangelização. É particularmente importante, observam os bispos, recordar também a decisiva contribuição que a Igreja deu ao longo dos séculos no campo da educação e da instrução, especialmente entre os pobres e os menos favorecidos.
Finalmente, a carta dos bispos dominicanos acrescenta: “Nestes anos a Igreja assumiu também um papel profético” e não raramente ofereceu seu trabalho de “mediação social”, sobretudo nos casos em que a instituição social é frágil ou instável. “Hoje, a nossa Igreja trabalha para conseguir e manter a integridade da vida como também uma sólida espiritualidade entre os seus membros”, e os fiéis católicos participam com entusiasmo e vigor “da missão de evangelização”.
(CNBB/RCD)