Conequinho do Sul 3 discute o profetismo na construção de uma sociedade justa

Cerca de 40 líderes da Pastoral Afro-brasileira das dioceses do regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) participaram, nos dias 4 e 5 de julho, do Conequinho, em preparação ao Congresso Nacional das Entidades Negras Católicas (CONENCs). O evento foi uma inciativa do bispo referencial para a Pastoral Afro-brasileira no regional e bispo de Bagé, dom Gílio Felício.

 O tema, “Profetismo, construindo uma sociedade justa e solidaria”, e o lema, “Chamei você para o serviço da justiça” (Is 42,6) iluminaram o encontro das dioceses de Santa Cruz do Sul (RS), Bagé (RS), Palmeira das Missões (RS), Viamão (RS), Porto Alegre (RS), Piratini (RS), Ulha Negra (RS), Apucarana (RS) e Pelotas (RS).

O Conequinho prepara as lideranças das regiões a partir de um texto-base, elaborado pela Comissão da Pastoral Afro-brasileira da diocese de Duque de Caxias (RJ), para que os CONENCs sejam realizados nos regionais, dioceses ou paróquias.

Entre os objetivos deste encontro estiveram o enfoque na justiça e profetismo a partir da caminhada do povo nos livros do Êxodo e de Isaías; a reflexão da identidade negra por meio da consolidação das políticas e das ações afirmativas; a partilha de espiritualidades vivenciadas pela comunidade afro-brasileira; e ainda o avanço na reflexão sobre as questões do Diálogo Inter-religioso.

Segundo o coordenador da Pastoral Afro-Brasileira e um dos coordenadores do encontro, padre Jurandyr Azevedo Araujo, “resultaram muitos pontos positivos, como a função dos facilitadores em cada grupo, a metodologia, o compromisso dos participantes com a aprendizagem, as instalações e o ambiente. O grupo pediu para que mais encontros sejam realizados”.

A carta mensagem dos participantes destaca que “ser profeta é viver intensamente o hoje e, concretizar as necessidades do povo afro-brasileiro. Anunciar e denunciar as injustiças”.

Segundo o texto, os jovens negros estão sofrendo um genocídio e faltam ações e políticas públicas para a inclusão social da juventude e do povo negro. Além disso, a publicação sugere compromissos para todo o regional, comprometendo-se a criar espaços e momentos culturais para a conscientização sobre as culturas afro-brasileiras; criar espaços aproveitando as associações e os salões paroquiais, para favorecer o protagonismo dos negros e negras; lutar pelas terras quilombolas e o resgate das culturas afro-brasileiras; celebrar o mês de novembro; organizar aonde ainda for necessário a Pastoral Afro-brasileira, interagindo com todas as pastorais, principalmente a da Juventude; entre outros.

Com informações da Pastoral Afro-brasileira

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