“Mais da metade da minha vida foi para a CNBB”, disse o bispo emérito de Catanduva (SP), dom Antônio Celso Queirós, 76, ao ser homenageado pelo Conselho Episcopal Pastoral da CNBB (Consep), na quarta-feira, 14, antecipando as comemorações de seu jubileu de ouro sacerdotal a ser celebrado no sábado, 17. O Conselho esteve reunido na capital federal, dias 13 a 15, para avaliação das atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, cuja redação foi coordenada por dom Celso em 2008.
Secretário geral da Conferência dos Bispos por dois mandatos consecutivos de 1987 a 1994 e vice-presidente de 2003 a 2007, dom Celso, atualmente, é o responsável pelo Setor Leigos da Comissão Episcopal para o Laicato.
“Foi uma delicadeza do Consep convidar-me para presidir a missa durante esta reunião. Recebi com alegria e surpresa o convite”, disse dom Celso. Ele não esconde seu apreço pela CNBB onde começou a trabalhar antes de ser bispo. “Sempre trabalhei na CNBB. Fui o primeiro representante dos presbíteros a participar da Assembleia da CNBB, em 1969, em São Paulo”, recorda. “Vim, vi e fiquei”, brinca dom Celso ao falar de sua presença na CNBB.
“O ministério presbiteral de dom Celso é abençoado por Deus com muitos frutos. Queremos nos unir a ele num agradecimento pelas maravilhas que o Senhor realizou por meio dele”, disse o vice-presidente da CNBB, dom Luiz Soares Vieira, amigo do jubilando desde 1954, quando estudaram filosofia juntos.
“Dom Celso é um grande pastoralista que nos ajudou na elaboração das edições das Diretrizes. Esta é sua marca: ser pastoralista. É muito discreto, mas quando diz algo, acerta o alvo”, destaca o vice-presidente. “Com sua lucidez de ideias, ele ajudou a abrir caminhos para a Conferência dos Bispos. É uma figura que não vai ser esquecido na história da CNBB”, completa.
A mesma opinião tem o assessor da CNBB para o Setor Leigos, Antônio Geraldo Aguiar, ao lembrar a contribuição de dom Celso no processo de elaboração do planejamento pastoral da Igreja no Brasil. “Ele ajudou muito na organização e desenvolvimento da CNBB”.
A atuação de dom Celso é reconhecida também pelos leigos. “Na década de 1960, dom Celso nos ensinou a amar e viver o Concílio (Vaticano II), exaltando sempre nossa vocação laical em Campinas”, testemunha o presidente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), Carlos Signorelli.
“Da mesma forma que ele [dom Celso] ama os leigos e leigas em sua vocação, nós, leigos e leigas da Igreja no Brasil, o amamos e o queremos por muito tempo ainda nos animando em nossa caminhada”, disse o presidente do CNLB.