A convite do Setor Leigos da Comissão Episcopal para o Laicato, juntamente com o Conselho Nacional dos Leigos e Leigas do Brasil (CNLB), nos dias 20 e 21 de abril, estiveram reunidos no Centro Mariapolis Ginetta, em Vargem Grande Paulista – SP, os dirigentes nacionais de diversas expressões laicais (Apostolado da Oração, Associação Instituição Teresiana, Caminho Neocatecumenal, Comunidade Nossa Senhora da Esperança, Confederação Nacional das Congregações Marianas, Conselho Nacional das Irmandades de São Benedito, Encontro de Casais com Cristo, Legião de Maria, Movimento Apostólico de Schoenstatt, Movimento Comunhão e Libertação, Movimento das Equipes Docentes, Movimento dos Focolares, Movimento Fé e Luz, Movimento dos Trabalhadores Cristãos, Obra Kolping do Brasil, Ordem Franciscana Secular e Renovação Carismática Católica) e membros da Comissão (Dom Giovane, Dom Celso e o Assessor Geraldo Aguiar).
A reunião teve como objetivo fortalecer a rede que se tem construído; refletir e dialogar, a partir das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, sobre as relações entre Movimentos, Associações e Serviços Eclesiais e as Igrejas Particulares/Paróquias; avaliar e retomar os encaminhamentos do IV ENMEAL (Encontro nacional acontecido no recife em novembro de 2012); informar sobre o possível “Ano do Laicato” e partilhar a caminhada das várias expressões laicais que se fizeram presentes.
Esse grupo já se reúne, anualmente, há cinco anos e tem conseguido criar caminhos de conhecimento mútuo, partilha de informações, programas de formação e troca de experiências. Discutem em plenário e em grupos sobre os avanços e retrocessos dessa caminhada, propõem trabalhos em comum e, especialmente, experimentam a grande diversidade de dons e carismas que compõe o cenário da Igreja atual.
No início dos trabalhos foi apresentado um painel com o tema “Reflexão e diálogo sobre as relações entre os Movimentos, Associações e Serviços Eclesiais, seus membros e as Igrejas Particulares(Dioceses)/Paróquias”. Foram painelistas: Profa. Maria Elenise Mesquita, Pe. Alexandre Awi Mello e Dom Giovane Pereira de Melo, bispo de Tocantinópolis e referencial do Setor Leigos.
A palavra chave dos expositores foi “conhecimento”. Eles argumentaram que conhecer rompe os preconceitos, traz luz aos relacionamentos e ameniza as tensões. E explicaram que os movimentos e associações laicais são muito importantes para a vida da Igreja do Brasil, muitos são frutos do Concílio Vaticano II e têm origem internacional. Respondem aos desafios dos tempos modernos, são meios ágeis de reunião, alimentam laços afetivos entre os membros e dos membros com a comunidade local, formam os seus membros de maneira organizada, integral e constante e mobilizam jovens. Os expositores concluíram dizendo não haver dúvidas que os dons e carismas dos jovens são um grande tesouro da Igreja.
Os desafios que apareceram nos diálogos foram: Como integrar o membro do movimento/serviço/associação às atividades da paróquia, quando algumas vezes o movimento tem um dinamismo que ultrapassa o território paroquial? Como aproveitar o material, a formação dada pelos movimentos e colocá-los a serviço da Igreja particular? Como entender e dirimir as limitações que estão presentes tanto nos membros, como nos dirigentes dos diversos grupos existentes e também por parte de alguns párocos?
Foi lembrado que no IV ENMEAL houve várias reivindicações sobre a necessidade de melhorar a comunicação entre as expressões laicais e delas com a paróquia nas quais estão inseridas, também de aprimorarem o uso das diversas mídias disponíveis e de socializarem as informações de maneiras mais rápida e eficiente.
Geraldo Aguiar e Dom Giovane trouxeram ainda informações sobre os trabalhos desenvolvidos na 51ª. Assembleia Geral, realizada de 10 a 19 de abril em Aparecida. Houve muito interesse entre os participantes da reunião de dirigentes sobre o tema que lá foi estudado: “Comunidade de Comunidades, Uma Nova Paróquia”, visto que o mesmo tem relação direta com a vivência dos movimentos e suas práticas.
Com momentos de oração, discussão, estudo e partilha a reunião trouxe aos participantes a oportunidade da convivência fraterna e a esperança de que a caminhada poderá ser muito mais sólida se realizada em comunhão.