Na missa que presidiu, na tarde desta terça-feira, 9, por ocasião da reunião do Conselho Permanente da CNBB, o presidente da Conferência dos Bispos, dom Geraldo Lyrio Rocha, destacou, a partir dos textos bíblicos proclamados na celebração, a relação entre amar e perdoar. O texto, tirado do evangelho de São Mateus, mostra o apóstolo Pedro perguntando a Jesus quantas vezes se deve perdoar o irmão.
“O Senhor nos indica que não há limites para o perdão, pois, não há limites para o amor. Quem ama perdoa. E só perdoa quem sabe amar. Assim, seremos o eco de Deus, fazendo aos outros o que ele faz por nós. Deus nos perdoa sempre, porque nos ama”, disse dom Geraldo.
Segundo o arcebispo, o evangelho produz uma “reviravolta em nossos conceitos limitados”. “Seria cômodo se pudéssemos saber os limites até quando e até onde se deve ir na prática das exigências da caridade”, explica.
Ainda de acordo com dom Geraldo, este texto de São Mateus que narra a parábola contada por Jesus para falar do perdão é um dos textos mais severos dos evangelhos. “Sublinha o dever do perdão, aduzindo um outro motivo: o perdão concedido pelo ser humano a outro ser humano é condição do perdão concedido por Deus”, acentuou.
A missa foi celebrada às 17h, na capela da CNBB. Às 20h, o economista, presidente do Ipea, Márcio Pochmann fez uma palestra aos bispos sobre “O modelo de Estado e as teorias de desenvolvimento no Brasil hoje”. A reunião com Conselho Permanente, que começou hoje, prossegue até quinta-feira. Ao final da reunião, a Presidência da CNBB concederá uma entrevista coletiva, às 14:30h, na Sala de Imprensa da Conferência.