Pastoral Carcerária celebra com as mães aprisionadas

“É uma bênção para nós, porque eles nos trazem conforto. Enquanto a sociedade nos rejeita, sempre tem alguém que nos traz amor e que nos mostra que podemos recomeçar, que não estamos esquecidas”, desabafa a reclusa do presídio Santa Augusta L.L.S., 34 anos, umas das 78 mulheres que receberam visita dos agentes da Pastoral Carcerária da diocese de Criciúma (SC), no dia 6 de maio.

 Ela e outra detenta, as únicas gestantes abrigadas pela unidade prisional no momento, integram o maior grupo identificado atualmente pelos voluntários católicos: o das mães. Elas são maioria e, ao acolher uma oração, canto de louvor ou bênção, logo ficam emocionadas, pois recordam os filhos e netos e a distância que os separa além das grades.

“O pecado não é o mais importante. Importante é a graça que Deus nos dá: o perdão e a misericórdia. Deus me ama como sou”, frisou em sua reflexão o assessor eclesiástico da Pastoral Carcerária, padre José Aires Pereira. O presbítero conduziu a celebração da palavra com a partilha do pão bento e de chocolates, por ocasião da proximidade do Dia das Mães.

“Quando o padre ou leitor proclama a Palavra é Deus quem fala através dele. Um Deus consolador, que não nos abandona, que é presente e que nos ama. Confiem no Senhor e entreguem sua vida a Ele. Jesus nos mostra que Deus é Pai, mas é também mãe com aqueles que sofrem”, disse o sacerdote.

Ao final da celebração, as mães aprisionadas foram convidadas a rezar por suas famílias, filhos e entes falecidos. “Que a bênção de Deus chegue a eles. Como vocês que estão longe não esquecem, assim também é Deus, que não se esquece de seus filhos. Deus continua vos amando”, disse o presbítero.

Padre Aires também recordou a atitude de Nossa Senhora, mãe de Jesus, ao permanecer junto a seu filho, aos pés da cruz. “Mãe não esquece, porque quem ama não abandona!”, disse.

Com informações da Pastoral Carcerária de Criciúma

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