Sede nacional da CNBB sofre com desgastes do tempo. Veja imagens

Em agosto, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) iniciou a campanha que convida toda as comunidades, paróquias e dioceses do país para uma generosa contribuição em vista da reforma da sede nacional da entidade. A necessidade da intervenção reflete-se em imagens apresentadas na última Assembleia Geral: infiltrações e instalações antigas são reflexo da deterioração causada pelo tempo.

A sede da CNBB em Brasília (DF) foi construída em 1973 e desde então passou por intervenções pontuais, como a reforma da capela Nossa Senhora Aparecida, em 2002, por ocasião dos 50 anos da entidade, e a readaptação do auditório Dom Helder Câmara, dez anos depois. Estes espaços não devem sofrer alterações. Entretanto, os outros espaços, como refeitório, salas de trabalho administrativo, das assessorias das comissões pastorais e a área dos dormitórios precisam ser readequados.

O arcebispo de Salvador (BA) e vice-presidente da CNBB, dom Murilo Krieger, recorda que a sede nacional da CNBB acolhe bispos, sacerdotes, diáconos, religiosos e religiosas, leigos e leigas e pessoas de outras religiões “que aqui vem para trocar ideias, se enriquecerem e renovarem a sua disposição de evangelizar esse Brasil”.

O bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da entidade, dom Leonardo Ulrich Steiner, conta que durante a 55ª Assembleia Geral da CNBB os bispos debateram formas de ajudar a CNBB ser mais evangelizadora e mais missionária, “criando assim espaços maiores na sua sede para podermos ajudar mais as nossas dioceses, os nossos regionais, as nossas paróquias, as nossas comunidades”.

Foi de sua responsabilidade apresentar ao episcopado uma série de imagens com problemas encontrados no prédio. Ele esclarece que não são problemas estruturais, mas as instalações elétrica e hidráulica e os pisos que ainda são da década de 1970. “Alguns banheiros estão fechados”, conta.

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Prédio da CNBB e desgaste do tempo

História da construção
A sede da CNBB foi construída na quadra 801 do Setor de Embaixadas Sul, ao lado da Nunciatura Apostólica e no entorno da Esplanada dos Ministérios, no centro da Capital Federal. Recentemente, visitou o prédio o senhor Álvaro Alves Filho, 91 anos, que foi mestre de

Foto: CNBB/Willian Bonfim | Aos, 91 anos, Álvaro Filho visitou sede da CNBB, onde trabalhou na época da construção

obras da construção do edifício sede. Álvaro mudou-se para Brasília em 1968, é pai de sete filhos e 13 netos. Viúvo há cinco anos, mora em Taguatinga (DF).

Além de coordenar os trabalhadores na construção, recebia o material, as notas fiscais das compras e as enviava à contabilidade. Um galpão metálico, lembra-se, foi construído para dar suporte aos trabalhadores e para guardar o material de construção do prédio.

“Aqui era só mato. Não tinha nada”, recorda Álvaro Filho. Memória carinhosa tem de dom Ivo Lorscheiter, então secretário-geral da CNBB, a quem define como um homem de uma humildade incomparável. “Toda vez que passava perto de mim, me dava um tapinha nas costas”, conta.

 

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