Bíblia Novo Testamento


Obra indicada:

HAWTHORNE, Gerald F.; MARTIN, Ralph P.; REID, Daniel G. (Orgs.). Dicionário de Paulo e de suas cartas. São Paulo: Loyola/Paulus/Vida Nova, 2008. XXV + 1285 p.

 

Autor (breve apresentação) :

A iniciativa desta obra, publicada pela primeira vez em 1994, foi tomada por Gerald F. Hawthorne, professor de Novo Testamento do Weaton College (Weaton, Illinois, USA), e por Ralph P. Martin, professor de estudos bíblicos na Universidade Sheffield, inglaterra. Além do co-organizador Daniel S. Reid, o elenco de colaboradores (ecumênico, mas exclusivamente protestante) menciona grandes nomes dos estudos paulinos, como G.R. Beasley-Murray, James D. G. Dunn, Earle E. Ellis, Larry W. Hurtado, Leon Morris, Ben Witherington etc.

Sinopse:

O dicionário quer sistematizar os temas da teologia paulina a partir das cartas, contemplando os Atos dos Apóstolos só lateralmente.

É difícil fazer a sinopse de um dicionário. São 213 verbetes (de qualidade variada). Os verbetes se completam mutuamente, o que é facilitado pelo fato de que muitos verbetes trazem no fim uma remissiva para outros verbetes. Alguns verbetes merecem especial atenção. “O Antigo Testamento em Paulo” (Moisés Silva) distingue as citações que Paulo faz do texto hebraico e do texto grego. Earle E. Ellis, em “Colaboradores, Paulo e seus”, identifca nada menos que 38 pessoas de diversas origens e profissões, o que ajuda para ter uma idéia mais concreta do amigo desses amigos, o próprio Paulo. F.F. Bruce trata da “Paulo nos Atos e nas Cartas”, um problema que sempre suscitará o interesse de quem se dedica a estudar Paulo. Importante é o verbete “Justificação pela fé”, tratado por Alistar E. MacGrath, que deve ser completado por um outro verbete, “Justiça, justiça de Deus”, da mão de J.M.G. Barclay, para se ter uma idéia abrangente desta questão que é tradicionalmente central na abordagem protestante da teologia paulina, embora nestes últimos anos a centralidade deste tema está sendo questionada. Outro grupo de verbetes que se completam mutuamente diz respeito à antropologia paulina (que não tem verbete proprio): “Psicologia”, “Coração”, “Corpo”, “Natureza nova e natureza velha”, “Pecado”… mas faltem verbetes dedicados a termos chaves de Paulo como sejam “coração”, “alma”, “vida”, “espírito” (humano). Outro grupo ainda surge em torno do verbete “Lei” (F. Thielmann), a ser completado com “Obras da Lei” (T.R. Schreiner) e “Romanos, Carta aos” (James D.G. Dunn). Há ainda verbetes sobre “Homem e Mulher”, sobre “Cronologia”, sobre as diversas viagens de Paulo etc. O importante no uso do dicionário é considerá-lo como uma porta de entrada, não como a palavra dfeinitiva sobre os assuntos apresentados. As inevitáveis lacunas do dicionário podem ser supridas com obras mais completas e sistemáticas como a de James D.G. Dunn, A Teologia do Apóstolo Paulo (São Paulo: Paulus, 2003).

Partes principais da obra:

213 verbetes

Por que essa obra é referencial ou relevante (justificar):

Não havendo outra congênere, esta obra é indispensável para todas as pessoas que lidam com estudos paulinos, especialmente no ensino de religião ou de teologia, bem como para os párocos na hora de preparar a homilia. A data já um tanto remota da primeira publicação (1994) não impede que sirva de modo exímio para atualizar os conhecimentos nesta matéria

Responsável pelas informações (nome/ diocese/ instituição em que atua):

Pe. Johan Konings SJ – FAJE, Belo Horizonte, MG.

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